sábado, 2 de maio de 2009
Devaneios. Devaneios?
sábado, 18 de abril de 2009
Encontros necessários à compreensão do mundo
No meio de uma conversa informal, levantei a vista. Os olhos, antes atentados pelas cores vivas do dia, agora esmoreciam por confrontar-se com aquela figura que aparecera repentinamente. Rugas, pele morena, cabelos grisalhos, uma baixa estatura. Demonstrava cansaço pela idade, mas mesmo assim carregava pesadas sacolas à mão e estava ali, lutando sozinha àquela hora da manhã.
sábado, 21 de março de 2009
Introdução dolorosa à Semiótica
Acerca dos signos, Santaella fala que:
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Globo, a verdadeira autarquia
Não que a grade da emissora alencarina seja repleta de programas culturais e de bom gosto, mas tal atitude foi um golpe certeiro no ego do cearense e do povo nordestino como um todo. Certamente, a Verdes Mares mordeu os calcanhares do Império dos Marinho e pagou o preço por alcançar picos inimagináveis no Ibope, desbancando programas da “dona do poder”.
Ora, os meios de comunicação têm de atender primeiramente aos anseios do público, suas necessidades como telespectadores/ouvintes/leitores (Aí, falo de necessidades sem adentrar na questão da programação, tema controverso, principalmente no Brasil.). O que a Globo fez, caso se confirme, foi simplesmente negar o direito de programação local ao povo cearense e nordestino espalhado pelo país por puro interesse mercadológico.
Mais uma vez, somos obrigados a engolir no seco os mandos e desmandos daquela que nasceu em meio à Ditadura e se alastrou pelo Brasil como vírus mutante. Destruir a relação de proximidade da Verdes Mares para com o povo nordestino foi covarde, digno de quem realmente gosta da manipulação. Sendo assim, senhores e senhoras, o Brasil tem de acordar, mostrar que a opinião pública exerce poder (ainda!) e merece mais respeito, juntamente com a tradição e cultura de cada região do país.
Coxinha e Doquinha uma hora dessas estão obrando nas calças com medo de perder o emprego, dialogando mais ou menos assim:
- Tu viu, Doquinha?
- O quê, Coxinha?
- A Globo, mandou o patrão cortar o sinal da gente para o resto do Brasil. Pode?
- Pode não, Coxinha...
- Pode sim, Doquinha, eles são a verdadeira autarquia. Nós, somos apenas os fantoches.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Sem Pierrôs e Colombinas
É na Festa da Carne que todos os bichos são soltos. Sabe aquele machão da tua rua? ‘Tá lá, indumentárias carnavalescas estilo odalisca, vestido de “kenga” em Pirangi praia ou na Sede Social do América Futebol Clube, o famoso Japecanga, no tradicional “Baile das Kengas”. Purpurina a granel, peitinhos forjados com esmero, shortinho atolado no rabo. Êta! Tin-do-lê-lê! Se a Copa do Brasil é o caminho mais curto para a Taça Libertadores em se falando de futebol, o Carnaval é o caminho mais rápido pra começar a queimar o eufrásio.
Brincadeiras à parte, o Carnaval, aquele antigo e cheio de tradição é muito valoroso. Só não consigo entender como alguém consegue passar quase uma semana correndo atrás de um trio elétrico tocando rits como “(...) chicleteiro eu, chicleteira ela, chicleteiro eu, chicleteria ela, chicleteiro eu, chicleteira ela, libera, libera, libera, libera...”.
Meu ouvido não é penico, muito menos está fantasiado de receptor de merda ambulante. Que eu fique em casa, pois quem gosta das autarquias fonográficas da atualidade está correndo atrás de um trio numa hora dessas.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Meu nome é Doidão, Júnior Doidão!
Lá na rua, há mais ou menos quinze anos atrás, tínhamos simplesmente cinco indivíduos chamados Júnior, cada qual com os seus apelidos. Júnior “Bicha” (uma longa estória...), Júnior “Transformação” (lembro que os olhos ficavam esbugalhados igual aos de um pequinês louco e com acesso de raiva.), Júnior “Doidão” (dizem que ganhei o apelido por ter entrado numa casa pra roubar umas frutas, e em tal casa tinha cachorros. Eu não lembro desta feita, pois nunca fui meliante-mirim!), Júnior “Banana” (só Deus sabe o porquê de ter sido premiado com esse apelido de merda!), e o não menos original Júnior “Macaco” (o maior infeliz-pulador-de-rampas que já vi atuar na perigosa pista de bicicross do conjunto Natal Sul!).
Para sermos reconhecidos como seres humanos e termos nossas próprias identidades, foi preciso diferenciar-nos de alguma forma, nem que fosse através de apelidos escrotos e pitorescos. Eu, por exemplo, nunca fui o Júnior, mas sim o “Doidão”. E não era somente na rua! Para soltar uma pipinha, dar uns rolés na minha bike BMX Monark, ou fazer qualquer outra atividade vagabunda da minha infância, não evocavam pelo nome, mas sim pela porcaria do apelido - o qual me persegue até hoje -, sendo herdado e usado inclusive por minha mãe para me chamar a atenção.
Agora, tenho que admitir... Em relação ao restante dos apelidos da rua, os “Juniors” eram muito privilegiados. Vejamos: “Cara de buldogue”, “João Boca-de-caçapa”, “Hugo Viado”, “Hugo Mentirinha”, “Dudu, Dudu, Dudu com pau-no-cu!”, “Alan Doente”, “Thiago Bura-Bura”, “Guiné”, “Boneco de Olinda”, “Alessandro Zarolho”, “Iran Peitos-de-cabra”, “Breno Rochana”, “Rossine Kid Bengala”, “Íverton Anão”, “Thiago Lombriga”, "Daniel Manga Rosa", "Paulinho Testinha".
Eu não sei de onde que surgiu tanta criatividade e maestria para nomear pequenos vagabundos em meados dos anos '90, só sei que éramos felizes como pintos em bosta, cada qual com o seu apelido carinhoso até hoje cultivado com a certeza de que a infância valeu e muito à pena.
Assinado:
Júnior Doidão.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Novos desafios
Hoje dei início a uma nova empreitada buscando não só uma melhora - financeiramente falando -, mas também uma aquisição de conhecimentos para toda a vida. Já diziam os meus professores do ensino fundamental, que podem nos tirar tudo! Exceto o conhecimento adquirido.
Então, Senhor, se for do teu feitio, que eu seja bem-sucedido naquilo que irei fazer durante esses três próximos semestres. Que eu seja bom para mim e para aqueles que me rodeiam, servindo-lhes de “árvore frutífera” e transferindo-lhes conhecimento se eu os possuir.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Sul-coreana tenta carteira de motorista pela 772ª vez
A última vez que ela tentou passar no exame escrito ocorreu na segunda-feira.
Segundo o jornal The Korea Times, a mulher, identificada apenas como Cha, fez a prova para tirar a carteira de motorista pela primeira vez abril de 2005, porém não foi aprovada na parte escrita e vem sendo reprovada repetidas vezes desde então.
Cha vende alimentos e produtos domésticos de porta em porta em conjuntos de apartamentos, por isso ela afirma que precisa da habilitação.
Na Coreia do Sul, os candidatos a motoristas conseguem a carteira depois de passar pelo exame escrito e pela prova prática.
Cha vinha fazendo o exame escrito quase todos os dias na Agência de Licenças para Motoristas na província onde fica Wanju, exceto nos finais de semana e feriados.
Em todas as vezes, ela conseguiu acertar entre 30 e 50 questões na prova escrita, mas ela precisa acertar 60 das cem questões para ser aprovada.
A agência afirmou que Cha estabeleceu um recorde e estima que ela já gastou mais de 4 milhões de wons sul-coreanos (cerca de R$ 6,7 mil) nas provas que já fez. Mas a despesa total desde 2005, incluindo o transporte até o local da prova e alimentação pode chegar a 10 milhões de wons (aproximadamente R$ 16,7 mil).
"Tenho pena toda vez que vejo Cha ser reprovada. Quando ela passar, vou fazer uma placa comemorativa e dar de presente a ela", disse Park Jung-seok, policial de trânsito que trabalha na agência de Wanju.
Do BLOG:
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Forró do Jerimum
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Nós temos grandes artistas.
O “Galeguinho do Acordeon” é um artista representante da cultura potiguar e do autêntico forró. Filho da terra, nascido na capital do Rio Grande do Norte, tem como nome de batismo Carlos Henrique e, assumiu o nome artístico ainda quando tocava em projetos culturais pelo estado participando de inúmeras gravações e eventos envolvendo sua grande paixão.
Geraldo Carvalho, Alvamar Medeiros, Pedro Mendes, João Batista, Carlinhos Zens, Jubileu Filho, Raniere Mazilli, As Potyguaras, Araken Julião (filho de Elino Julião) e, mais recentemente, o Forró Peba na Pimenta, foram ou são artistas/projetos com os quais se envolveu. Recentemente, ainda recebeu o convite do produtor Léo Xavier para desenvolver o seu DVD-aula de acordeon.
Além de instrumentista, ao colocar a voz no mundo, o Galeguinho do Acordeon também deseja apresentar suas composições para o grande público. Com obras de fino bom gosto, representantes irrefutáveis da nossa cultura, as composições executadas pelo Galeguinho carregam consigo o bom senso e a ética na arte, itens raríssimos na contemporaneidade.
Se Natal carece de bons nomes que possam elevar o gênero forró de forma mais intensa, Carlos Henrique, o Galeguinho, surge como um verdadeiro artista e pilar de manutenção das nossas tradições orais. Entre o efêmero, tão cultuado por boa parte daqueles que vivem do forró hoje, e uma carreira solidificada pela qualidade, ficamos com a certeza de que o artista aqui apresentado fez uma opção acertada e benéfica não só para o Rio Grande do Norte, mas para o Brasil e sua cultura como um todo.
Fazer valer à pena conhecendo e prestigiando tal trabalho, é fundamental para que possamos ter uma posição crítica, seja ela boa ou ruim. Dê-se a chance e descubra o verdadeiro Forró representado nos palcos pelo Galeguinho do Acordeon.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
"Vão já para casa e comecem a fazer filhos!"
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Produtora seleciona pessoas para atuar com celebridades do pornô nacional
Fonte: http://www.dnonline.com.br/
DO BLOG:
Com essa iniciativa do senhor cinquentenário já inscrito para às atuações pornográficas, certamente todos os coroas que frequentam o "Quitandinha", famoso bordel lá na praça do relógio, no Alecrim, ficarão animados e correrão pra curtir um hard-rock com Júlia Paes e Carol Miranda. Já imagino vovô, de mangote teso, posando de Kid-Bengala.
domingo, 25 de janeiro de 2009
Os bons são lembrados, o que não presta é relegado.
Um dos meus artistas preferidos (Alcymar Monteiro), me faz viajar intensamente nas verdadeiras canções de forró. Não se encontra com freqüência, na atualidade, pessoas que possam fazer parte de um grupo seleto, marcado pelo bom gosto e luta pela elevação da nossa cultura.
Alcymar Monteiro faz parte do meu grupo seleto. É artista, poeta, e acima de tudo um exemplo a ser seguido para que possamos ter a certeza de que o melhor do Nordeste pode perpetuar. Que viva muito tempo juntamente com os nossos "monstros sagrados".
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
O “empata-fodas”
“- Carlos. Sei que você curte escrever. Tem um assunto que eu sou deveras interessado, sendo assim, pensei em algo acerca dos famosos ‘empata-fodas’. O que achas?”
Meu! Fiquei matutando comigo. De fato, era um assunto bem interessante e renderia, como dizem os jornalistas. Pois bem, depois de algum tempo resolvi atender ao pedido “galado” do meu amigo Victor, remoendo o meu passado e trazendo à tona lembranças de velhas datas.
Os famosos “empata-fodas” fazem parte de uma raça há muito descoberta. Na verdade, todos nós somos partícipes da “empatação” (aqui, criei um neologismo, rsrsrs...), ou tu achas que fizestes o favor de não passar o telefone daquela boyzinha linda que seu amigo babava por pura inocência? Porra nenhuma! Você empatou uma futura foda já pensando em “jantar” mais cedo.
Conheço casos e mais casos de empatações. Conheço empatações-coletivas e empatações estilo single. Vejam bem. Na minha rua, há uns dez anos atrás, existiam umas garotas que ensinaram os “primeiros passos” aos rapazes locais. Nesse mesmo tempo, havia um dancing no meio de um descampado onde a escuridão reinava, assim como atos libidinosos diversos...
Certa vez, dois rapazes estavam apenas prozeando no dito cujo, quando chegaram mais dois frangotes e duas das garotas altamente experientes. De imediato, um dos que já estavam lá, falou:
- Booooy... Vamos sair daqui, acho que vai rolar um Springes-Brown, um Tchaca-Tchaca encaixaaki...
- POOOOOORRA NENHUMA! Eu já estava aqui primeiro, não saio nem a pau. Esses galados não irão fazer nada hoje.
- Belê, boy! Fica aí, tocando uma. Fui...
O rapaz, ranzinza como um velho rabugento, não saiu do canto nem a pau e, de quebra, empatou uma tremenda foda dupla por puro prazer em empatar, ficando entre os dois casais. Este é um caso classicamente clássico de uma empatação-single. Em outra oportunidade, um casal (um dos que estavam no dancing...) encontrava-se à sombra de um cajueiro, à noite, num tremendo sarro. Porém, nas galhadas de tal árvore frutífera, encontravam-se nada mais, nada menos que 15 (quinze) caras, todos esperando o êxtase final. Em um certo momento, eis que a garota soltou a pérola:
- Não é aí, você errou o buraco!
Senhores, as risadas foram insustentáveis. Galhos e mais galhos balançavam ao som de um coro animado. “Errou o buracooo! Errou o buracooo! Errou o buracooo!”, assim gritavam ensandecidos os que lá estavam. Cajus e folhas caiam, a algazarra era total. Até hoje a musiquinha é cantada em alusão àquele triste episódio no antigo Bar do Zé. Pronto! Este é um exemplo fantástico de uma empatação-coletiva que, atualmente, faz parte do folclore do bairro em questão.
Sendo assim, Victor e caros amigos, o empata-fodas não passa de um galado que “coloca areia” nas tuas boyzinhas, desvirtua seus "rolés" fazendo com que você perca os contatos e, acima disso, faz com que você, na virilidade dos seus primeiros aninhos de vida sexual, deixe de experimentar os prazeres carnais mais inescrupulosos existentes na face da terra.
O empata-fodas é um galado. Até no reino animal eles estão presentes. Querem um exemplo? Olha aí...
http://www.atetempiada.com/o-verdadeiro-empata-fodas/
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Nordeste cultural
Por falar em tradição e sem bairrismos exacerbados, o Nordeste é simplesmente fantástico. Uma das regiões mais castigadas do país através dos eventos naturais é também uma das que melhor o representa culturalmente. Das danças e festas populares à culinária peculiar da região, o sofrimento nordestino, aquele, tão cultuado pela televisão, transforma-se em recanto de riquezas inestimáveis, quebrando um estereótipo de seca, desgraça, castigo.
Das várias tradições da região, uma é especial para mim. É algo que corre nas veias e me persegue. O Forró é contagiante, é agente contaminador de alegria, arte, cultura, prazer, e todos os bons adjetivos possíveis. Dizem os mestres forrozeiros que o Forró é o rock do sertão, não deixa ninguém parado. Fato irrevogável!
Alcymar Monteiro, Karaveia, Acioly Neto, Petrúcio Amorim, Cláudio Rios, Dominguinhos, Sivuca, Oswaldinho, Luis Gonzaga. São tantos os nossos verdadeiros artistas, que conhecer suas obras completas passam a ser além de uma obrigação, um ritual prazeroso para quem ama verdadeiramente o Forró.
É fácil esquecer essas bandinhas atuais que se dizem de Forró quando se tem no som do carro algo incomparável e de qualidade infinitamente superior. Fazer uma relação dos artistas citados com esses lixos atuais chega a dar pena; só relego ao esquecimento natural, pois nunca farão parte do meu contexto musical.
E viva o Nordeste, e viva o Forró!
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Espaço Reservado e as Tirinhas
Nos próximos dias posto mais algumas. Abraço, pessoas!
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
A amizade
http://br.youtube.com/watch?v=K1qY4Xfn0fw
sábado, 10 de janeiro de 2009
Sofrido
Sofrer pela ausência de alguém é tão triste quanto amar sem ser amado. Eu não queria ter sentimentos nessas horas, de forma alguma. Sofrido, é como eu estou.
Simplesmente amar.
De te ter pertinho de mim a cada segundo.
Eu gostaria, infinitamente, de repetir cada dengo
Infinitamente te carregar pra cama, te amar e ninar.
Eu seria o homem mais feliz do mundo
Se todos os nossos sonhos fossem realizados.
Do menor ao maior, do mais complexo ao mais simples.
Caminhar com você é essencial.
Eu não posso te dar tudo que quero,
Mas eu posso te dar TUDO o que eu tenho.
É pouco para os homens, é muito para o coração,
O verdadeiro sentimento não tem preço.
Em uma noite abençoada
Alguém mais abençoado ainda me apresentou uma jovem.
Nunca conheci um ser tão especial,
Tão meigo, e capaz de me envolver tanto.
Naquela primeira noite nem nos tocamos
Fiquei envergonhado, ela também.
Tudo parecia muito arranjado
E de fato era o destino nos unindo.
Hoje, a cada partida é um pedaço arrancado
É parte de mim que se desgarra.
A saudade me fere tanto
Que às vezes prefiro não ter sentimentos.
As despedidas no aeroporto, os beijos de despedida,
Os abraços reconfortantes, as lágrimas derramadas.
Tudo é digno de algo que move os verdadeiros seres humanos.
E não é falta de dignidade se declarar pela enésima vez,
É simplesmente amar.
Eu te amo.
Dez dias em Brasília/DF
Pistas largas e longas de doer na vista, edifícios espelhados e pomposos, arquitetura riquíssima, parques, museus. O Distrito Federal é mais do que Senado e Câmara, como costumamos ver através do viés televisivo. É a idealização de um sonho do ex-presidente JK, posto em prática com muita competência por Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e tantos outros trabalhadores que desbravaram o cerrado brasileiro.
O projeto inicial da cidade - o Plano Piloto - feito pelo arquiteto Lúcio Costa, é simplesmente fantástico. Dois eixos se cruzam em ângulo reto, lembrando a forma de um avião (seria o avião do progresso?). O eixo norte-sul aglomera o setor residencial, enquanto que o eixo leste-oeste compreende os setores político-administrativo, de diversões, cultural, esportivo, militar e econômico.
Em contrapartida, se de um lado a organizada Brasília sustenta o status de capital da República Federativa do Brasil, por outro, ainda mantém certo ar de “roça” com seus carros cheios de barro, castigados pelo terreno do centro-oeste brasileiro, além dos vastos campos abertos como que à espera de uma construção. Por falar em trânsito, esta é uma das poucas coisas que não apreciei por lá. Parece não existir setas para os candangos, e as “barbeiragens” superam os dublês de motoristas existentes aqui em Natal.
Segue abaixo um pequeno trecho retirado da Wikipedia:
No dia 02 de outubro de 1956, em campo aberto, o presidente Kubitschek assinou o primeiro ato no local da futura capital, lançou então a seguinte proclamação: "Deste planalto central desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino."
No mesmo ano iniciaram-se os trabalhos de construção. Formou-se o Núcleo Bandeirante, onde se permitia maior liberdade à iniciativa particular e foi batizado com o nome de "Cidade Livre". Especialmente do Nordeste, Minas Gerais e Goiás, principiaram chegar levas de trabalhadores. Os primeiros candangos.
Como fora dito no texto, o primeiro “bairro” de Brasília foi o Núcleo Bandeirante. Daqui do Nordeste, além de Minas Gerais e Goiás, sairam os trabalhadores – mais de 80 mil – que dariam forma ao Plano Piloto e à arquitetura arrojada do brilhante Oscar Niemeyer. É a partir dessa construção que o Distrito Federal ganha um pouquinho de cada parte do país, de cada cultura. Dos candangos aos atuais brasilienses, a cidade é fadada a uma mistura sem fim, resquício inapagável de sua recente história.
Se há em mim um amor sem fronteiras por Natal, agora há um carinho enorme pela capital brasileira, pois além de sê-la, é também a cidade da minha noiva e futura esposa. Espero voltar mais vezes e curtir mais ainda, afinal de contas, o sangue quente dos nordestinos corre por lá desde o início.
Viva a imensidão do nosso Brasil, viva o nosso povo!
Referência
"Feliz de quem tem um grande amor, que não precisa dela nunca separar..."
A previsão da dor por minha parte, logo no comecinho do relacionamento, foi concretizada. Tinha a certeza de que a distância machucaria a mim e a ela. Mesmo assim, topamos um começo. Ruim ter dado início? Jamais! Infeliz daquele que nunca sofreu por um verdadeiro amor, por um verdadeiro sentimento.
Amar-te alimenta minha alma, mesmo na distância.
Música e arte através da flauta
Flauta no ombro, roupas simples e a inseparável boina preta de sempre. Carlinhos Zens chegara no horário marcado. Com a humildade dos verdadeiros artistas, veio até mim, cumprimentou-me e iniciamos uma “conversa musical” que se estendeu durante todo o percurso da casa até o local do ensaio de apronto que faria para uma apresentação no Forró da Lua.
Zens é natalense, nascido mais precisamente no tradicional bairro das Rocas, mas carrega consigo a carga cultural de todo um estado. Ao iniciar os estudos musicais na Escola de Música da UFRN, com quinze anos, tinha clara a meta de ser músico e viver da sua arte. Longe de sua terra, ainda bacharelou-se pelo Instituto de Artes da UNESP (Universidade Estadual Paulista).
Entrevistar é algo surpreendente. Passar o resto de tarde toda conversando com Carlinhos Zens não seria difícil. Falamos de música potiguar, das inovações dos gêneros musicais, dos seus trabalhos e de futebol. A paixão declarada de Zens pelo glorioso ABC Futebol Clube também é cantada em verso e prosa na música “Sou da Frasqueira”, em alusão à torcida do alvinegro.
Agora é só baixar o cipó!
Política é coisa interessante. Eleitor, quiçá, seja do outro mundo ou se faz de doido a cada eleição. Já escutou aquela música de Bezerra da Silva que diz que “E malandro é malandro, mané é mané.”? Escute! Entenderás o porquê do pedido ao final da melodia.
Operação Impacto: os salafrários imundos assentados na Câmara dos Vereadores, traidores da confiança do povo natalense, venderam-se pelas esmolas oferecidas por empresários da construção civil e votaram contra o Plano Diretor da cidade do Natal. Foram 13 (treze) asquerosos corrompidos pela ganância monetária. Tocaram o “foda-se!” para a população sem titubear. Mas acreditem senhores, desses ladrões de terno e gravata, nada menos do quê SEIS foram reeleitos ontem, todos eles sustentando-se em Fundações de fachada em pequenos currais eleitorais, além das outras falcatruas, lógico. Definitivamente, o povo gosta é de lapada de porrete de jacarandá na cabeça, bem no meio.
Vivemos hoje um neo-coronelismo descabido. Das concessões de TV´s dadas única e exclusivamente aos políticos (Por que será?) às “Fundações” de merda existentes na cidade, há uma cretinice sem fim e um povo submisso, rastejando por migalhas eleitoreiras. Micarla de Souza, a “borboleta”, a que bradou que era do povo durante quatro anos no seu programa diário em sua TV, foi eleita como Prefeita de Natal. Fátima Bezerra, Deputada Federal de vasta experiência, foi relegada. Talvez por ser mais fechada e menos bonita, jamais pela análise do seu Projeto de Governo ou competência.
O povo sabe o que faz. Eu só não entendo depois de dois ou três anos o chororô geral. Chora não, povão! Tem Fundação e programa de TV pra vocês enxugarem as lágrimas. O choro é livre, e o cipó nas costas de vocês também.
Votemos com consciência
No próximo dia 05 de outubro nós teremos a oportunidade de exercer um direito que foi conquistado através de muita luta e bravura por parte daqueles que vivenciaram o Regime Militar no Brasil. Votar é, no mínimo, honrar essa conquista colocando no poder pessoas sensatas e capazes de transformar suas propostas teóricas em realidade. Desconfie de promessas mirabolantes, de políticos que usam as suas concessões de TV ou rádio como palanque eleitoral, de muita maquiagem e populismo ao extremo.
Aqui em Natal temos oito candidatos prefeitáveis. Miguel Mossoró, o louco das propostas das Arábias; Vober (agora com “V” para facilitar a memorização!) Júnior, o que se diz preparado para assumir Natal; Pedro Quitê, pouco recurso e muito discurso religioso; Dr. Joanilson de Paula, advogado e Ex-Presidente da OAB e que aos meus olhos parece ter boa índole; Dário Barbosa, eterno candidato de boas propostas; Sandro Pimentel, também pequeno, mas de idéias muito boas e que até agora tem sido o meu preferido entre os candidatos; Fátima Bezerra, Ex-Deputada Federal e educadora e Micarla de Souza, a que se diz do povo e também se diz ser a “Borboleta de Natal”.
Na real, a disputa para o cargo de Prefeito de Natal encontra-se entre Micarla de Souza e Fátima Bezerra. Micarla, filha do Ex-Deputado Estadual Carlos Alberto e dona da afiliada da SBT (TV Ponta Negra) no estado, não me convence. Com esse slogan de “Borboleta de Natal”, busca uma popularidade e competência forjada por marqueteiros que chega a dar nojo. Demagoga, diz ser do povo, mas a sua face bonitinha não nega. Com um programa à disposição na sua emissora, Micarla passou quatro anos cobrando das autoridades e criou uma imagem de “amiga das causas sociais”. Pura ilusão midiática.
Já Fátima parece ter nas alianças o seu maior trunfo. Porém, e infelizmente, a petista não consegue ser carismática para arregimentar os votos que necessita. Mesmo com a ajuda do Presidente Lula e de outros líderes do partido, a campanha da prefeitável ainda vem sendo batida pela adversária e corre até o risco de não chegar ao segundo turno. Em suma, a deprimente Micarla parece despontar como a futura Prefeita de Natal, coisa que nenhum cidadão merece. Uma última coisa: percebeu que não falei dos vereadores, não é? Pois bem, estou me recusando a falar, não merecem qualquer tipo de comentário!
É como um colega falou. Só temos uma bala para matar dois ladrões, um irá no pegar.
Mistérios
No Egito, por exemplo, os Faraós eram mumificados e recebiam enxertes de ervas de cheiro dentro dos seus corpos, além de um livro denominado “O Livro dos Mortos”, no qual continha instruções sobre como proceder na outra vida. Em outras culturas, o defunto era posto numa pequena barca e queimado, ou ainda deixado dentro de cavernas envolto em panos. Hoje chegamos aos novíssimos canibalescos métodos funerários de queimar pessoas vivas, arrasta-las por quilômetros a fio presas ao cinto de segurança, decapita-las, esquarteja-las, fuzila-las dentro de favelas. Estamos mesmo no século XXI?
O ditado de que a única certeza das nossas vidas é a morte, acarreta não só hordas religiosas das mais variadas querendo arregimentar novos fiéis e prometendo a morada eterna num pedaço do céu, mas também uma gama infinita de gente viva que vive do “negócio da morte” como fonte de vida. Estranho, não? Pois é, amigo, serviço funeral é um negócio da China (dispensemos aqui o trocadilho com o novo entorpecente das massas, digo, novela da Globo!) para aqueles que já esperam pelo próximo óbito à frente das UTI´S brasileiras.
Em se falando de mortes, lembrei-me dos cemitérios e nos seus conceitos. Seria tal recanto apenas um depósito de corpos humanos em decomposição, ou a sua essência e aura transcendem essa visão limitada e nos leva a imaginá-lo como um portal para outras vidas? Pois bem, é com esse propósito que o presente texto foi redigido e, depois de toda essa prosa fiada, nos indaga sobre mais um polémico tema cuja resolução acredito ser algo infindável.
Para você, o que é o cemitério? Resolva-se antes que a morte te carregue!
O estilhaçar da essência.
Eu sempre ando a buscar respostas. Na verdade, a vida por si só é tão enigmática que chego a pensar que Deus nos colocou no mundo pra “tirar um sarro” das nossas caras diante de sua magnitude e perfeição incontestável. Quando pequenos, somos imediatistas, queremos tudo num piscar de olhos sem nem mesmo analisar o que estamos adquirindo. É compreensível, afinal de contas são apenas crianças desejosas pelas tentações mundanas onde, desde pequenas, são expostas e usadas pela indústria mercadológica para o ato final realizado pelos pais, mesmo que esses estourem os já inflados cartões de crédito para satisfazer o desejo infantil dos filhos.
Dúvida maior ainda eu tenho quanto ao comportamento adulto atual, cujas características descartáveis são ligadas fortemente às das crianças já citadas. A essência, aquela trabalhada por Saint-Exupéry, não mais importa. A sociedade é regrada pelo consumismo desenfreado de valores imbecis, forjados por um senso comum ridículo e de péssimo gosto. Quem fala de amor é mané, quem cultiva a boa educação é um careta e quem escreve cartas é um pré-histórico fora do contexto atual. Vai ver que é por esses motivos que vivemos na sociedade que vivemos.
Veja só: não me rotulo como um puritano ou radical quanto ao assunto. Pelo contrário! Às vezes sou pego por essas tentações e me limito aos superficiais que nos são impostos. O texto não é nada mais, nada menos, do quê uma auto-crítica – também! -, pois faço parte do meio criticado. Lá no início do texto eu fiz duas perguntas, talvez elas sejam muito subjetivas e particulares para que eu dê uma resposta geral. Porém, vale salientar que a felicidade de cada um é aquilo que move suas ações e desejos mais interiores. A felicidade humana, a essencial, independe da banalidade consumista ou econômica, mas depende sim do nosso desejo mais ardente de sermos felizes e de bem com a vida.
O essencial é ser feliz, seja a felicidade encontrada por fórmula mágica ou não.
Abençoado sim, sortudo não.
Semanas atrás, numa aula de Comunicação Comparada na UFRN, o meu docente chegou pra mim e disse que queria falar comigo em particular. Ele saiu antes de finalizar a aula e acabou que a conversa ficou para depois. Fiquei com aquilo na cabeça, pois eu o conheci no decorrer do semestre e não tinha a menor noção do teor da conversa.
Semana passada, ele chegou pra mim e fez uma proposta. Sem muitos rodeios fui convidado a participar da Base de Pesquisa em Comunicação com o tema “A Ditadura no Rádio”. Aceitei de imediato, a base é um passo importantíssimo para minha Graduação, Pós-Graduação e, quem sabe, um Mestrado na área.
De fato, sou um abençoado, sortudo não.
Mendigando para vencer
Li uma reportagem sobre um ex-mendigo que passou no concurso do Banco do Brasil. Acredite! Um mendigo que passou no concurso do Banco do Brasil. Eu não preciso escrever muito, pois minhas palavras não reproduzirão com perfeição aquilo que eu gostaria de dividir com quase ninguém que visita esse espaço.
Aqui vai o link: http://www.rfdslabs.com.br/index.php/2008/06/20/mendigo-passa-no-concurso-do-banco-do-brasil/
Leiam com atenção e reflitam. Há algo mais em cada um de nós, há algo que nos torna seres radiantes e vencedores, assim como o Mendigo Banqueiro.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
O complexo português
Fico abismado quando estou ali, vagando pelos posts do Orkut na Comunidade Alvinegra. Erros grotescos de português (tudo bem errar, eu também cometo homicídios gramaticais. Mas praticar genocídios?), frases mal articuladas, acentuações bizarras. Quem quer ser entendido procura comunicar-se da maneira mais clara, e escrever da forma mais correta possível é dar um passo significante para tal.
Por outro lado devemos reconhecer a riqueza e ao mesmo tempo a complexidade da língua portuguesa. Saber escrever corretamente, seguindo às regras adotadas pelos gramáticos é uma tarefa que requer muita concentração e capacidade para organizar idéias em torno de um assunto principal. É difícil conceber a idéia da boa escrita por uma maioria da população num país onde a educação é tratada como produto de terceira. A preocupação com a escrita do cidadão, acredito eu, não passa de absolutamente nada.
Seria a partir de uma educação bem pautada e capaz de elevar o nível intelectual da população que poderíamos galgar maiores avanços no tocante à escrita no meio do popular. Enquanto o analfabetismo for rei, tendo o descaso como príncipe, haveremos de nos deparar com adultos semi-analfabetos, cuja proeza de escrever o primeiro nome é tratada como vitória pelo Governo.
Três e meia da manhã. Um CU me faz escrever.
Eu odeio buzina no trânsito.
Meu, que ódio daquele ser imbecil e pouco inteligente. O que ele queria que eu fizesse? Criasse asas depois de tomar um Red Bull e saisse voando? Bastardo do caralho! Tem caras que não deveriam nunca passar no DETRAN, pois são uns desequilibrados mentais.
A inutilidade do BBB
Jesus, Pai de misericórdia e amor, dizei-me: existe algo mais fútil, inútil e de pouca serventia como o Big Brother Brasil? Existe, Senhor, algo tão cretino a tal ponto?
Pai, agora me diz: como que a sociedade brasileira quer respeito se ela mesma se deixa levar por um programa tão mesquinho, cujos valores do ser humano são postos de lado em detrimento das quantias em jogo e das recompensas inúteis e de valor local a cada semana? Seria tal programa um fetiche, ou é sado-masoquismo mesmo, Pai?
Eu tenho a consciência de que sou um privilegiado por ter tido a educação que tive, sabendo discernir o que presta ou não na TV ou qualquer outro meio, e acho que até peco em falar que a sociedade está deixando se levar. Porém, faz-se necessário dizer que somos nós (a Sociedade, senhores!) que fazemos a Opinião Pública, e se colocar-mos as mãozinhas na cabeça, certamente veremos quão idiota esse programa é e que ele não acrescenta em nada nas nossas vidas. Queremos Cultura e muita informação na TV! Estamos fartos de lixo fantasiado de programação.
O BPBB (Big Pseudo-Brother Brasil) é uma afronta ao nosso povo e a capacidade de cada um de nós. Se o próprio brasileiro não repensar os seus conceitos, imagina aí o que será de nós daqui pra frente. Não quero fazer cinquenta anos vendo o Big Desgraça na Globo. Não senhores, não me façam essa desfeita. Poupem-me do castigo televisivo.
Bebo porque gosto de beber!
Um post para a posteridade.
Não há conquistas sem batalhas árduas, pois se assim fosse não haveria motivos para comemorações. Roma, no ápice da sua glória, teve generais que honraram seu nome e sua tradição arregimentando novos territórios e, por consequência, abrindo brechas para novas arrecadações para o Império. A cada vitória, um brinde. A cada conquista, um banquete.
O dia 28 de novembro marcou para sempre o fim do sofrimento de um Povo. Eu só consigo dizer, por hora, que tal povo merecia e muito ter saído daquele inferno. Obrigado, Pai!
Se mandar cercar e jogar uma lona, vira circo.
Bairro do Alecrim. O inferno de Natal eu garanto que é ali! Ponha-se a andar - ou tentar! - nos horários mais "convenientes" para tal atividade (Coisa perto das onze ou meio-dia...) e você verá que tenho razão. Vendedores gritam no teu ouvido e, achando pouco, ainda usam um alto-falante vagabundo pra te intimar a entrar na porra de uma loja que arde de calor e é intransitável de tanta gente.
Na recepção do local, um toldo em forma de rola com o nome grafado na cor verde e em letras garrafais já dá a sensação que a putaria começa ali. O segurança gordo de "blaser" (Se é assim que se escreve esta porra...) preto e posando de boa pinta, estabanado estava na cadeira, estabanado ficou; só olhando o papai aqui se fuder na retirada do material musical de dentro do transporte. Estávamos apenas pra começar.
Coincidentemente chamamos (Nós, do Forró Peba na Pimenta) a sanfona e seu case de "Pau-no-Furico" de tão pesada que é. Ninguém queria levar "Pau-no-Furico" naquela noite. Talvez pelo medo incessante de um ataque homossexual repentino ou coisa parecida, e o "Pau-no-Furico" tornar-se algo concreto. Sem medo do inferno, eu e o sanfoneiro seguramos a barra sozinhos.
No palco, cantadas eram inevitáveis. Eu que não sou menino, tratei de arrumar um aleijo na perna e um figurino bem mambembe. Deu certo! A bicharada toda se derretia pelo "Galeguinho do Acordeon" enquanto eu fazia o meu trabalho de serviçal dos palcos, uma beleza!
No ambiente principal o Forró Peba na Pimenta agitava loucas "amancebadas", menos carentes e cheias de amor pra compartilhar com seus parceiros. No ambiente secundário, as meninas e meninos carentes se deleitavam com o streap de drags, que tem pau como eu e você (Caso seja um homem fazendo a leitura...), mas enganam muita gente depois de umas doses de álcool, revelando a “buceta-de-pau” quando o camarada já se encontra com os "zoinho" virados e cheio de amor pra doar àquela criatura da noite.
No Alecrim é assim. Se de dia a loucura é generalizada e te açoitam com gritos e convites irritantes para adentrar naquela loja vagabunda de importados, à noite eles são prazeirosos (Pra quem curte!) e os açoites são regados a muito chicotinho e palavras de ordem irrefutáveis. Parafraseando Elino Julião (Que de bicha não tinha nada e tratou de fazer uns 10 filhos pra provar), me lembrei de um trecho de “Mulher de Verdade” que diz mais ou menos assim: "Bata, nêgo, pode bater, bata com força que eu não sinto doer!"
“Aí dentu” ! Porque aqui só sai...
"Rejendo" a futilidade noticiosa.
"(...) O sol nasce para todos, só não sabe quem não quer." (Legião Urbana)
Abro esse post com tal reflexão e recordo-me das angústias futebolísticas sofridas em anos passados. 2004 ficamos sem série, 2006 da mesma forma. Lembro-me desse 2006 como se fosse ontem, eu chorando no alambrado do Frasqueirão, indignado com a situação que o tão popular ABC FC se encontrava. Mal sabia eu que um ano após aquilo eu choraria no alambrado novamente, desta vez de alegria, pois nos consagramos Campeões Estaduais no Profissional em cima do maior rival, Campeão nas Categorias de Base, subimos de divisão, nos classificamos para a Copa do Brasil, e ainda vimos o rival se afundando nas próprias trapaças e erros.
O mundo dá voltas, e como o futebol é fugaz por natureza, agora chegou a nossa vez, a nossa hora. Obrigado, Pai! Por tudo que se realizou neste ano, pois com toda a certeza foi o mais feliz da minha vida. Pude soltar um grito e um sentimento que se encontrava preso comigo há muito tempo. A humilhação que nós fomos submetidos só nos fortaleceu e agigantou ainda mais o maior clube potiguar.
Só lamentos do lado de lá, só alegrias do lado de cá! Que 2008 chegue cheio de "Positive Vibrations" para nós, Alvinegros de corpo e alma!
O preconceito Tupiniquim.
Mas aí vem o ponto onde quero chegar: qual é o moral do BRASILEIRO em querer um tratamento justo e sem preconceitos do resto do mundo, quando o próprio é preconceituoso com seu irmão pátrio? Os preconceitos internos são inconcebíveis! Coisas totalmente absurdas e capazes de me fazer sentir triste e sem perspectivas de melhoras. Moro aqui em Natal/RN e muitas vezes vejo comentários absurdos de sulistas, de teor pouco aproveitável, deplorável e medíocre.
Dívidas pendentes x acerto de contas.
O rato abandonou o navio.
Pois bem! A minha embarcação vem sofrendo algumas avarias nesses últimos dias. Minha propulsão motorizada estava inoperante e quando pegava era só no empurrão. Ajeitamos, tudo certo. Depois de quatro dias seguindo viagem varando a madrugada fria, nosso leme se choca contra algum animal marinho e perde contato com a nave. Que puta sacanagem!
Minha fonte resfriava, agora meu mouse parou. Falta agora aparecer os Piratas do Caribe e roubar o meu ouro, que se resume a duas cuecas novas, uma zabumba Odery e um punhado de roupas.
Paciência demais ou vergonha de reclamar?
Meus pais já estavam impacientes. Eu e meu irmão também, mas nos "empalhamos" com uma conversa macabra de mortos falando com vivos, e isso fez o tempo correr. CHEGARAM! Os sanduíches estavam lá, na nossa frente. Só que... Cadê o molho? Cadê os refrigerantes?
Simplificando: esperamos TRINTA minutos por refeições frias, servidas incompletas e os refrigerantes ainda estavam trocados. No final das contas comemos tudo numa boa, mas meus pais ficaram putos, falando ironicamente com o garçom.
Eu fico todo sem jeito quando isso acontece, acho que sinto vergonha por aquela pessoa, pois ela não tem nada com a situação. Infelismente faz-se necessário a reclamação para que de uma próxima vez (SE houver!) o erro não seja repetido. Todo mundo merece uma chance, até mesmo um restaurante francês que me fez esperar trinta minutos por um sanduíche não tão gostoso quanto o mesmo X-Bacon da "Hamburgueria", vulgo "sebosão" aqui na rua.
O Ser Humano: Eu não compreendo.
Fico me perguntando a cada vez que as pessoas brigam entre si por coisas banais, de fácil resolução. Como conseguem transformar o simples no cúmulo da complicação? No meio de tudo isso, eu! Querendo agradar ambas as partes, sendo açoitado pelo chicote das diferenças.
Ser fóssemos iguais, realmente seria um saco, perderíamos a magia de se descobrir a cada dia. Mas convenhamos; ser tão diferente, à beira da bizarrice, é demais e eu não aguento. Jogo a merda no ventilador, salve-se quem puder.
Quase pai
- É brother, a menstruação da "boyzinha" está atrasada, acho que fudeu viu, já estou me preparando psicologicamente, pois tudo irá mudar.
Falava-me isso com serenidade, preocupação e felicidade. Um misto de tudo, coisas totalmente antagônicas.
Uma nova vida significa várias mudanças e expectativas. Se essa criança viesse - pois eles acabaram tendo a sorte ou azar de não ter vindo... - iriam ter de se moldar à nova vida. Deus sabe o que faz, os jovens e seus hormônios insandecidos não.
Tenho pra mim que uma criança agora iria ser legal pra eles. Tirando a parte do leite ninho, fraldas, boçadas, cagadas e mijadas certeiras, ajuda a amadurecer, sabe? Nada disso supera a beleza de um ser novo, é só mais um trabalho, igual ou mais excitante do quê o ato de fazê-lo.