sábado, 2 de maio de 2009

Devaneios. Devaneios?


O que serei no futuro? Aquilo que quero ser, ou o que estou fadado a ser? Perguntas, perguntas, perguntas... Tão introspectivas quanto os sentimentos mais obscuros do ser humano. Busco respostas a cada minuto, cada hora, a cada dia passado na minha vida. E se os dias que vivi não forem suficientes, quem serei? Serei o que sou, eu acho.

A manutenção da fé é essência, a realização no plano material é o pilar. Fazer por onde. Por onde? Onde encontrar brechas num mundo viciado na prostituição, seja ela econômica, social, ética, moral, humana ou de qualquer outra natureza? Eu penso em desistir, penso em lutar, penso em viver e morrer, tudo ao mesmo tempo, sentindo cada sensação. Gostaria de entender o prazer dos sádicos, dos corruptos, dos perversos, dos imundos vários, sugar-lhes todo o mau e depois mandar a todos para a puta que os pariu, sem piedade ou sentimentos, coisas costumeiras às suas personalidades cretinas. Inocular-lhes o próprio veneno parece ser justo, parece!

Outro dia eu também errei, tornei-me algoz do próprio eu. E já que de mim sou senhor, inoculei o veneno mencionado sem piedade. A dor é insuportável, as feridas são para sempre, mas a lição – no meu caso. - é aprendida. Incorrer no erro é burrice dupla; morrerás pela desfiguração da essência do ser, morrerás pela segunda golada de veneno. Torça para que seja cicuta (tomando como premissa o tipo de veneno associando-o ao encontro), pois aí certamente “baterias” um papo-cabeça com algum filósofo grego, tipo Sócrates. Quem sabe...

sábado, 18 de abril de 2009

Encontros necessários à compreensão do mundo


Certa vez, ainda calouro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, caminhava juntamente com colegas de classe pelos corredores do famigerado “setor V”. Naquela manhã, nuvens esparsas e um céu azul clarinho tomavam conta dos meus olhos. Os pés de azeitona, roxas e adocicadas ao alcance das mãos, balançavam vagarosamente como que ainda acordassem do breu da noite que se passou.

No meio de uma conversa informal, levantei a vista. Os olhos, antes atentados pelas cores vivas do dia, agora esmoreciam por confrontar-se com aquela figura que aparecera repentinamente. Rugas, pele morena, cabelos grisalhos, uma baixa estatura. Demonstrava cansaço pela idade, mas mesmo assim carregava pesadas sacolas à mão e estava ali, lutando sozinha àquela hora da manhã.

Senti-me tocado sem ao menos trocarmos olhares ou palavras. A distância entre os meus passos e os seus foi diminuindo. Vinha, agora, em minha direção. Olhou-me como se os outros não estivessem ali e falou mais ou menos assim:

- Filho. Já tenho certa idade, mas tenho que pedir. Bato de porta em porta por aqui, pedindo e me humilhando. Alguns professores autorizam que os alunos ajudem, outros não. Você poderia me ajudar?

A minha voz não quis mais sair, os olhos encheram-se de lágrimas, o coração se esvairia numa mistura de ódio e compaixão. Ódio pela desigualdade ali exposta, compaixão pela figura humana. Segurei as lágrimas e respondi com dificuldades que não tinha como ajudá-la naquele momento, pois não possuía absolutamente nada de valor. Olhou-me, agradeceu, seguiu o seu caminho.

Segurei o choro até ela sair da minha vista, após isso não resisti. Chorei sozinho por uns cinco minutos sem ao menos saber o porquê, mas chorei feito criança. Talvez pelo sentimento de incapacidade, talvez pela exclusão que nós mesmos proporcionamos. Nunca esquecerei daquele breve encontro, eu só tinha dezessete anos.

sábado, 21 de março de 2009

Introdução dolorosa à Semiótica


As aulas de Semiótica, ministradas na Universidade Federal do Rio Grande do Norte pela professora Drª. Maria Érica, são um emaranhado de reflexões acerca dos signos e suas variantes. No momento, faço um fichamento sobre o livro O que é Semiótica?, da autora Lúcia Santaella. O assunto parece ser fácil, mas ao adentrar e tentar imaginar as idéias dos estudiosos do tema, tenho tido alguma dificuldade quanto à compreensão.

Acerca dos signos, Santaella fala que:

“O signo é uma coisa que representa uma outra coisa: seu objeto. Ele só pode funcionar como signo se carregar esse poder de representar, substituir uma outra coisa diferente dele. Ora, o signo não é o objeto. Ele apenas está no lugar do objeto.”

O signo, segundo a autora, só é signo por ter o “poder” de representar uma outra coisa. Os signos do objeto que convencionamos chamar de carro, por exemplo, podem ser vários: a sua pintura é um signo, suas rodas aro 17’ são também. Seu motor total flex é um signo, assim como sua bancada personalizada é outro.

A concepção desses signos é dada através de um interpretante (nós) – e aí já poderíamos entrar no conceito de primeiridade, secundidade e terceiridade, mas deixemos pra depois pra não enlouquecermos juntos... Mais uma vez, somos direcionados a outra categoria de pensamento, na qual surge o chamado quase-signo, pois é a partir dessa interpretação primeira que associamos o objeto em questão indiretamente a outras coisas, ou seja, o quase-signo.

Se você não entendeu nada, não se preocupe, é assim mesmo.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Globo, a verdadeira autarquia


Vez por outra “presencio” debates ferrenhos no Orkut acerca da Globo e a sua suposta inclinação à manipulação. Essa semana, no Ceará, por motivos ainda “obscuros”, a TV Verdes Mares – aquela do Garras da Patrulha, Coxinha e companhia... – foi impedida, definitivamente, de enviar o seu sinal de satélite para todo o Brasil.

Não que a grade da emissora alencarina seja repleta de programas culturais e de bom gosto, mas tal atitude foi um golpe certeiro no ego do cearense e do povo nordestino como um todo. Certamente, a Verdes Mares mordeu os calcanhares do Império dos Marinho e pagou o preço por alcançar picos inimagináveis no Ibope, desbancando programas da “dona do poder”.

Ora, os meios de comunicação têm de atender primeiramente aos anseios do público, suas necessidades como telespectadores/ouvintes/leitores (Aí, falo de necessidades sem adentrar na questão da programação, tema controverso, principalmente no Brasil.). O que a Globo fez, caso se confirme, foi simplesmente negar o direito de programação local ao povo cearense e nordestino espalhado pelo país por puro interesse mercadológico.

Mais uma vez, somos obrigados a engolir no seco os mandos e desmandos daquela que nasceu em meio à Ditadura e se alastrou pelo Brasil como vírus mutante. Destruir a relação de proximidade da Verdes Mares para com o povo nordestino foi covarde, digno de quem realmente gosta da manipulação. Sendo assim, senhores e senhoras, o Brasil tem de acordar, mostrar que a opinião pública exerce poder (ainda!) e merece mais respeito, juntamente com a tradição e cultura de cada região do país.

Coxinha e Doquinha uma hora dessas estão obrando nas calças com medo de perder o emprego, dialogando mais ou menos assim:

- Tu viu, Doquinha?
- O quê, Coxinha?
- A Globo, mandou o patrão cortar o sinal da gente para o resto do Brasil. Pode?
- Pode não, Coxinha...
- Pode sim, Doquinha, eles são a verdadeira autarquia. Nós, somos apenas os fantoches.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Sem Pierrôs e Colombinas


Carnaval nunca me fascinou, sempre fora uma data qualquer no meu calendário. No Brasil, somos obrigados a engolir goela abaixo uma porção de quinquilharias carnavalescas e/ou de outras datas, sejam elas proporcionadas pela mídia ou comércio. Tenho amigo que, se não pular Carnaval em Salvador-BA, Caicó-RN, Jardim do Seridó-RN, Olinda-PE ou Macau-RN, por exemplo, nunca mais consegue ter uma ereção peniana.

É na Festa da Carne que todos os bichos são soltos. Sabe aquele machão da tua rua? ‘Tá lá, indumentárias carnavalescas estilo odalisca, vestido de “kenga” em Pirangi praia ou na Sede Social do América Futebol Clube, o famoso Japecanga, no tradicional “Baile das Kengas”. Purpurina a granel, peitinhos forjados com esmero, shortinho atolado no rabo. Êta! Tin-do-lê-lê! Se a Copa do Brasil é o caminho mais curto para a Taça Libertadores em se falando de futebol, o Carnaval é o caminho mais rápido pra começar a queimar o eufrásio.

Brincadeiras à parte, o Carnaval, aquele antigo e cheio de tradição é muito valoroso. Só não consigo entender como alguém consegue passar quase uma semana correndo atrás de um trio elétrico tocando rits como “(...) chicleteiro eu, chicleteira ela, chicleteiro eu, chicleteria ela, chicleteiro eu, chicleteira ela, libera, libera, libera, libera...”.

Meu ouvido não é penico, muito menos está fantasiado de receptor de merda ambulante. Que eu fique em casa, pois quem gosta das autarquias fonográficas da atualidade está correndo atrás de um trio numa hora dessas.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Meu nome é Doidão, Júnior Doidão!


Hoje falarei de nomes. E um pouco de infância, também. Antes de tudo, uma pergunta: você já percebeu que, quando alguém grita por um Júnior, no meio de uma multidão de cem pessoas, no mínimo umas cinqüenta olham para trás? Parece brincadeira, mas é verdade. Digo isto, pois sou um deles e, sinto que além de americanizado, meu nome é “malhado” feito farinha em feira livre.

Lá na rua, há mais ou menos quinze anos atrás, tínhamos simplesmente cinco indivíduos chamados Júnior, cada qual com os seus apelidos. Júnior “Bicha” (uma longa estória...), Júnior “Transformação” (lembro que os olhos ficavam esbugalhados igual aos de um pequinês louco e com acesso de raiva.), Júnior “Doidão” (dizem que ganhei o apelido por ter entrado numa casa pra roubar umas frutas, e em tal casa tinha cachorros. Eu não lembro desta feita, pois nunca fui meliante-mirim!), Júnior “Banana” (só Deus sabe o porquê de ter sido premiado com esse apelido de merda!), e o não menos original Júnior “Macaco” (o maior infeliz-pulador-de-rampas que já vi atuar na perigosa pista de bicicross do conjunto Natal Sul!).

Para sermos reconhecidos como seres humanos e termos nossas próprias identidades, foi preciso diferenciar-nos de alguma forma, nem que fosse através de apelidos escrotos e pitorescos. Eu, por exemplo, nunca fui o Júnior, mas sim o “Doidão”. E não era somente na rua! Para soltar uma pipinha, dar uns rolés na minha bike BMX Monark, ou fazer qualquer outra atividade vagabunda da minha infância, não evocavam pelo nome, mas sim pela porcaria do apelido - o qual me persegue até hoje -, sendo herdado e usado inclusive por minha mãe para me chamar a atenção.

Agora, tenho que admitir... Em relação ao restante dos apelidos da rua, os “Juniors” eram muito privilegiados. Vejamos: “Cara de buldogue”, “João Boca-de-caçapa”, “Hugo Viado”, “Hugo Mentirinha”, “Dudu, Dudu, Dudu com pau-no-cu!”, “Alan Doente”, “Thiago Bura-Bura”, “Guiné”, “Boneco de Olinda”, “Alessandro Zarolho”, “Iran Peitos-de-cabra”, “Breno Rochana”, “Rossine Kid Bengala”, “Íverton Anão”, “Thiago Lombriga”, "Daniel Manga Rosa", "Paulinho Testinha".

Eu não sei de onde que surgiu tanta criatividade e maestria para nomear pequenos vagabundos em meados dos anos '90, só sei que éramos felizes como pintos em bosta, cada qual com o seu apelido carinhoso até hoje cultivado com a certeza de que a infância valeu e muito à pena.

Assinado:
Júnior Doidão.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Novos desafios

A vida nos proporciona caminhos vários para que possamos levar à frente os nossos projetos pessoais. Considero-me como sendo um cara batalhador, que vai em frente naquilo que planeja conseguir. Desistir é uma palavra inexistente no meu pequeno dicionário repleto de erros.

Hoje dei início a uma nova empreitada buscando não só uma melhora - financeiramente falando -, mas também uma aquisição de conhecimentos para toda a vida. Já diziam os meus professores do ensino fundamental, que podem nos tirar tudo! Exceto o conhecimento adquirido.

Então, Senhor, se for do teu feitio, que eu seja bem-sucedido naquilo que irei fazer durante esses três próximos semestres. Que eu seja bom para mim e para aqueles que me rodeiam, servindo-lhes de “árvore frutífera” e transferindo-lhes conhecimento se eu os possuir.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Sul-coreana tenta carteira de motorista pela 772ª vez


Uma mulher de 68 anos da cidade de Wanju, na Coreia do Sul, tentará tirar a carteira de motorista pela 772ª vez, depois de fracassar em todas as tentativas anteriores.

A última vez que ela tentou passar no exame escrito ocorreu na segunda-feira.

Segundo o jornal The Korea Times, a mulher, identificada apenas como Cha, fez a prova para tirar a carteira de motorista pela primeira vez abril de 2005, porém não foi aprovada na parte escrita e vem sendo reprovada repetidas vezes desde então.

Cha vende alimentos e produtos domésticos de porta em porta em conjuntos de apartamentos, por isso ela afirma que precisa da habilitação.

Na Coreia do Sul, os candidatos a motoristas conseguem a carteira depois de passar pelo exame escrito e pela prova prática.

Cha vinha fazendo o exame escrito quase todos os dias na Agência de Licenças para Motoristas na província onde fica Wanju, exceto nos finais de semana e feriados.

Em todas as vezes, ela conseguiu acertar entre 30 e 50 questões na prova escrita, mas ela precisa acertar 60 das cem questões para ser aprovada.

A agência afirmou que Cha estabeleceu um recorde e estima que ela já gastou mais de 4 milhões de wons sul-coreanos (cerca de R$ 6,7 mil) nas provas que já fez. Mas a despesa total desde 2005, incluindo o transporte até o local da prova e alimentação pode chegar a 10 milhões de wons (aproximadamente R$ 16,7 mil).

"Tenho pena toda vez que vejo Cha ser reprovada. Quando ela passar, vou fazer uma placa comemorativa e dar de presente a ela", disse Park Jung-seok, policial de trânsito que trabalha na agência de Wanju.

Do BLOG:

Trabalho numa empresa com uns vinte funcionários. Dentre eles, encontramos o folclórico "Jorge Bonrrausen", ou "Jorge Hi-Maimeine" (não pergunte o que PORRA significa maimeine...).

O cara fala gesticulando feito o caralho, é frequentador assíduo da Carreta Churrascaria e assemelhados, marca ponto todos os dias na sala de 40-50 anos do UOL, e tem requintes sutis de um usurpador moderno de coroas - pra não falar gigolô.

Pois bem! Certo dia, "Maimeine" comprou uma Honda Pop100 zerada, e desde então só anda com ela pra lá e pra cá, sem carteira, e com um capacete de isopor de cerveja na cabeça, aqueles de R$70 conto. De tanto fugir de blitz e molhar mão de gurda-vagabundo-comedor-de-bola, Jorjão procurou sanar o problema. A figurinha dirigiu-se até o DETRAN e fez as provas para adquirir a carta para pilotar motos.

Porém, Bonrrausen não esperava que fosse repetir. É triste, mas depois de duas tentativas, ele ainda não conseguiu ser aprovado junto ao órgão competente do estado do Rio Grande do Norte. A próxima tentativa está marcada para os próximos dias.

Agora imagina aí, fazendo uma analogia utópica, Cha e Bonrrausen numa mesma sala fazendo provas para pegar a carta de motorista. Do nada, no ápice da sua concentração newtoniana, certamente "Bonrrausen" olharia para Cha e a convidaria pra tomar um porre na Carreta Churrascaria. O problema seria ele entender o que a bendita iria dizer!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Forró do Jerimum


O Forró Pé de Serra continua! Os Sanfoneiros estão animados e o Forró do Jerimum acolhe com orgulho os forrozeiros de plantão. Sexta, dia 06 de fevereiro, a partir das 19hs, sobem ao palco Robson Farias e convidados.

SERVIÇO:

LOCAL: Forró do Jerimum
ENDEREÇO: BR 101 em frente ao POSTO DUDU
DIA: SEXTA 06 das 19h00 às 02h00
ATRAÇÕES: “Robson Farias”
PROMOÇÃO: UNIVERSITÁRIO ATÉ ÀS 00h00 NÃO PAGA
INFO: 3643-6665 E 8862-8832
INGRESSO PROMOCIONAL: R$10,00
CARTÕES: VISA E MASTERCARD

Do BLOG:

Irei ao Forró de Jerimum, na sexta (06/02), com a certeza de encontrar um refúgio forrozeiro. Fiquei muito feliz com a abertura da casa e com a postura que parecem adotar. Uma avaliação de repertório antes mesmo da banda subir no palco é simplesmente fantástico e merece todo o meu respeito. É assim que deve ser, pois não somos obrigados a pagar para escutar qualquer lixo tocar.

Sendo assim, forrozeiros, sexta-feira há um encontro marcado para quem curte tão contagiante ritmo.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Nós temos grandes artistas.


Não há artista quando, no palco, não existe o verdadeiro sentimento e convicção do que é feito. Das ruas, à beira de uma calçada movimentada, aos mega-shows repletos de tecnologia e recursos aumentativos, a essência musical deve permanecer da mesma forma, fazendo da figura artística, - paradoxalmente - a mais importante e “apenas” coadjuvante no ofício de sua disseminação.

O “Galeguinho do Acordeon” é um artista representante da cultura potiguar e do autêntico forró. Filho da terra, nascido na capital do Rio Grande do Norte, tem como nome de batismo Carlos Henrique e, assumiu o nome artístico ainda quando tocava em projetos culturais pelo estado participando de inúmeras gravações e eventos envolvendo sua grande paixão.

Geraldo Carvalho, Alvamar Medeiros, Pedro Mendes, João Batista, Carlinhos Zens, Jubileu Filho, Raniere Mazilli, As Potyguaras, Araken Julião (filho de Elino Julião) e, mais recentemente, o Forró Peba na Pimenta, foram ou são artistas/projetos com os quais se envolveu. Recentemente, ainda recebeu o convite do produtor Léo Xavier para desenvolver o seu DVD-aula de acordeon.

Além de instrumentista, ao colocar a voz no mundo, o Galeguinho do Acordeon também deseja apresentar suas composições para o grande público. Com obras de fino bom gosto, representantes irrefutáveis da nossa cultura, as composições executadas pelo Galeguinho carregam consigo o bom senso e a ética na arte, itens raríssimos na contemporaneidade.

Se Natal carece de bons nomes que possam elevar o gênero forró de forma mais intensa, Carlos Henrique, o Galeguinho, surge como um verdadeiro artista e pilar de manutenção das nossas tradições orais. Entre o efêmero, tão cultuado por boa parte daqueles que vivem do forró hoje, e uma carreira solidificada pela qualidade, ficamos com a certeza de que o artista aqui apresentado fez uma opção acertada e benéfica não só para o Rio Grande do Norte, mas para o Brasil e sua cultura como um todo.

Fazer valer à pena conhecendo e prestigiando tal trabalho, é fundamental para que possamos ter uma posição crítica, seja ela boa ou ruim. Dê-se a chance e descubra o verdadeiro Forró representado nos palcos pelo Galeguinho do Acordeon.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

"Vão já para casa e comecem a fazer filhos!"


A ex-primeira-ministra ucraniana, Julia Timoshenko, diz que os homens e as mulheres do seu país não estão fazendo tanto sexo como deviam. Enquanto prestava declarações em nome do seu novo partido político, Timoshenko apelou ao público para que comecem a ter relações sexuais de forma a inverter a crise demográfica que o país enfrenta, noticia o site Ananova.

A filha da ex-governante, Eugenia, de 25 anos, casou no ano passado com a antiga estrela de rock, Sean Carr, de 36 anos, depois de terem vivido um chamado "romance de verão". Quando questionada sobre se a sua filha estaria seguindo os seus conselhos de praticar mais vezes relações sexuais, Timoshenko recusou-se a responder, alegando tratar-se de "uma questão pessoal".

Antes, a ex-primeira-ministra disse: "É urgente que os ucranianos tomem medidas imediatas para ajudar a aumentar a população nacional. Vão já para casa e comecem a trabalhar nisso."

Do BLOG:

Camaradas ucranianos: vocês, que saciam pouco os desejos sexuais de suas parceiras, poderiam procurar "tomar aulas" com os melhores professores. Vejam bem, no interior do Rio Grande do Norte, Nordeste brasileiro, há uns "cabruncos" bons de cama, capazes de extender sua prole à enésima parte.

Ora, se já há o intercâmbio cultural, onde o visitante aprende a língua-mãe do país em que se encontra, assim como um pouco de sua cultura, nada como receber tais ensinamentos e "chegar chegando" nas ucranianas. Enquanto o mundo - exceto a Igreja Católica - roga pelo uso da camisinha, os ucranianos têm mesmo é que torar no osso. Boa pedida!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Produtora seleciona pessoas para atuar com celebridades do pornô nacional


Se você se acha bom de cama e quer faturar um dinheiro extra nesse ano, existe uma oportunidade sendo oferecida por uma produtora de filmes pornográficos, que está selecionando pessoas comuns para se tornarem atores e atrizes em filmes eróticos com celebridades do mundo pornô, como Julia Paes e Carol Miranda.

Para se inscrever, basta ser maior de 18 anos e enviar um email para a produtora com dados pessoais, fotos e, se possível, um vídeo. Até o momento quase duas mil pessoas já enviaram fotos e vídeos, entre eles um senhor de 50 anos. Para se inscrever, entre no site da produtora Sexxxy World.

Fonte: http://www.dnonline.com.br/

DO BLOG:

Com essa iniciativa do senhor cinquentenário já inscrito para às atuações pornográficas, certamente todos os coroas que frequentam o "Quitandinha", famoso bordel lá na praça do relógio, no Alecrim, ficarão animados e correrão pra curtir um hard-rock com Júlia Paes e Carol Miranda. Já imagino vovô, de mangote teso, posando de Kid-Bengala.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Os bons são lembrados, o que não presta é relegado.


“Eu queria saber o que faço pra agradar o mundo, se é preciso dar murro em ponta de faca ou não.”

Um dos meus artistas preferidos (Alcymar Monteiro), me faz viajar intensamente nas verdadeiras canções de forró. Não se encontra com freqüência, na atualidade, pessoas que possam fazer parte de um grupo seleto, marcado pelo bom gosto e luta pela elevação da nossa cultura.

Alcymar Monteiro faz parte do meu grupo seleto. É artista, poeta, e acima de tudo um exemplo a ser seguido para que possamos ter a certeza de que o melhor do Nordeste pode perpetuar. Que viva muito tempo juntamente com os nossos "monstros sagrados".

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O “empata-fodas”


Certo dia, um amigo me envia um e-mail com um pedido mais ou menos assim:

“- Carlos. Sei que você curte escrever. Tem um assunto que eu sou deveras interessado, sendo assim, pensei em algo acerca dos famosos ‘empata-fodas’. O que achas?”

Meu! Fiquei matutando comigo. De fato, era um assunto bem interessante e renderia, como dizem os jornalistas. Pois bem, depois de algum tempo resolvi atender ao pedido “galado” do meu amigo Victor, remoendo o meu passado e trazendo à tona lembranças de velhas datas.

Os famosos “empata-fodas” fazem parte de uma raça há muito descoberta. Na verdade, todos nós somos partícipes da “empatação” (aqui, criei um neologismo, rsrsrs...), ou tu achas que fizestes o favor de não passar o telefone daquela boyzinha linda que seu amigo babava por pura inocência? Porra nenhuma! Você empatou uma futura foda já pensando em “jantar” mais cedo.

Conheço casos e mais casos de empatações. Conheço empatações-coletivas e empatações estilo single. Vejam bem. Na minha rua, há uns dez anos atrás, existiam umas garotas que ensinaram os “primeiros passos” aos rapazes locais. Nesse mesmo tempo, havia um dancing no meio de um descampado onde a escuridão reinava, assim como atos libidinosos diversos...

Certa vez, dois rapazes estavam apenas prozeando no dito cujo, quando chegaram mais dois frangotes e duas das garotas altamente experientes. De imediato, um dos que já estavam lá, falou:

- Booooy... Vamos sair daqui, acho que vai rolar um Springes-Brown, um Tchaca-Tchaca encaixaaki...
- POOOOOORRA NENHUMA! Eu já estava aqui primeiro, não saio nem a pau. Esses galados não irão fazer nada hoje.
- Belê, boy! Fica aí, tocando uma. Fui...

O rapaz, ranzinza como um velho rabugento, não saiu do canto nem a pau e, de quebra, empatou uma tremenda foda dupla por puro prazer em empatar, ficando entre os dois casais. Este é um caso classicamente clássico de uma empatação-single. Em outra oportunidade, um casal (um dos que estavam no dancing...) encontrava-se à sombra de um cajueiro, à noite, num tremendo sarro. Porém, nas galhadas de tal árvore frutífera, encontravam-se nada mais, nada menos que 15 (quinze) caras, todos esperando o êxtase final. Em um certo momento, eis que a garota soltou a pérola:

- Não é aí, você errou o buraco!

Senhores, as risadas foram insustentáveis. Galhos e mais galhos balançavam ao som de um coro animado. “Errou o buracooo! Errou o buracooo! Errou o buracooo!”, assim gritavam ensandecidos os que lá estavam. Cajus e folhas caiam, a algazarra era total. Até hoje a musiquinha é cantada em alusão àquele triste episódio no antigo Bar do Zé. Pronto! Este é um exemplo fantástico de uma empatação-coletiva que, atualmente, faz parte do folclore do bairro em questão.

Sendo assim, Victor e caros amigos, o empata-fodas não passa de um galado que “coloca areia” nas tuas boyzinhas, desvirtua seus "rolés" fazendo com que você perca os contatos e, acima disso, faz com que você, na virilidade dos seus primeiros aninhos de vida sexual, deixe de experimentar os prazeres carnais mais inescrupulosos existentes na face da terra.

O empata-fodas é um galado. Até no reino animal eles estão presentes. Querem um exemplo? Olha aí...

http://www.atetempiada.com/o-verdadeiro-empata-fodas/

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Nordeste cultural


O mestre Luis da Câmara Cascudo, natalense reconhecido como o maior folclorista do Brasil e do mundo, transcreveu para o papel tudo aquilo que podemos conceituar como sendo Cultura. Tal termo é tão vasto, que até hoje os antropólogos buscam uma linha de pesquisa capaz de definir de uma vez por todas o seu conceito. Levianamente - muito levianamente falando -, é todo um conjunto de tradições herdadas através do tempo por uma sociedade.

Por falar em tradição e sem bairrismos exacerbados, o Nordeste é simplesmente fantástico. Uma das regiões mais castigadas do país através dos eventos naturais é também uma das que melhor o representa culturalmente. Das danças e festas populares à culinária peculiar da região, o sofrimento nordestino, aquele, tão cultuado pela televisão, transforma-se em recanto de riquezas inestimáveis, quebrando um estereótipo de seca, desgraça, castigo.

Das várias tradições da região, uma é especial para mim. É algo que corre nas veias e me persegue. O Forró é contagiante, é agente contaminador de alegria, arte, cultura, prazer, e todos os bons adjetivos possíveis. Dizem os mestres forrozeiros que o Forró é o rock do sertão, não deixa ninguém parado. Fato irrevogável!

Alcymar Monteiro, Karaveia, Acioly Neto, Petrúcio Amorim, Cláudio Rios, Dominguinhos, Sivuca, Oswaldinho, Luis Gonzaga. São tantos os nossos verdadeiros artistas, que conhecer suas obras completas passam a ser além de uma obrigação, um ritual prazeroso para quem ama verdadeiramente o Forró.

É fácil esquecer essas bandinhas atuais que se dizem de Forró quando se tem no som do carro algo incomparável e de qualidade infinitamente superior. Fazer uma relação dos artistas citados com esses lixos atuais chega a dar pena; só relego ao esquecimento natural, pois nunca farão parte do meu contexto musical.

E viva o Nordeste, e viva o Forró!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Espaço Reservado e as Tirinhas


Vou começar a postar algumas tirinhas. Para dar início aos posts da forma mais sarcástica, nada como o gato Garfield. Criação de Jim Davis, estadunidense, o bichano estreou para o público no dia 19 de junho de 1978, e foi publicado em 2570 jornais de todo o mundo. Garfield é O Gato!



Nos próximos dias posto mais algumas. Abraço, pessoas!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A amizade

Você conhece o verdadeiro significado da palavra amizade? Não vou discorrer muito sobre o assunto, pois o vídeo é a fonte mais fiel do que quero dizer. Não vale chorar.


http://br.youtube.com/watch?v=K1qY4Xfn0fw

sábado, 10 de janeiro de 2009

Sofrido

Eu só queria entender o que sinto. A necessidade de ao menos ver quem eu amo parece possuir o meu ser de uma forma intolerável. Parece, também, que com a presença dela por aqui, a distância aumenta quando não a vejo por ao menos um dia, o que dirá três ou quatro...

Sofrer pela ausência de alguém é tão triste quanto amar sem ser amado. Eu não queria ter sentimentos nessas horas, de forma alguma. Sofrido, é como eu estou.

Simplesmente amar.

Eu queria ter o poder de te fazer feliz sempre
De te ter pertinho de mim a cada segundo.
Eu gostaria, infinitamente, de repetir cada dengo
Infinitamente te carregar pra cama, te amar e ninar.

Eu seria o homem mais feliz do mundo
Se todos os nossos sonhos fossem realizados.
Do menor ao maior, do mais complexo ao mais simples.
Caminhar com você é essencial.

Eu não posso te dar tudo que quero,
Mas eu posso te dar TUDO o que eu tenho.
É pouco para os homens, é muito para o coração,
O verdadeiro sentimento não tem preço.

Em uma noite abençoada
Alguém mais abençoado ainda me apresentou uma jovem.
Nunca conheci um ser tão especial,
Tão meigo, e capaz de me envolver tanto.

Naquela primeira noite nem nos tocamos
Fiquei envergonhado, ela também.
Tudo parecia muito arranjado
E de fato era o destino nos unindo.

Hoje, a cada partida é um pedaço arrancado
É parte de mim que se desgarra.
A saudade me fere tanto
Que às vezes prefiro não ter sentimentos.

As despedidas no aeroporto, os beijos de despedida,
Os abraços reconfortantes, as lágrimas derramadas.
Tudo é digno de algo que move os verdadeiros seres humanos.
E não é falta de dignidade se declarar pela enésima vez,
É simplesmente amar.

Eu te amo.

Dez dias em Brasília/DF


A capital brasileira é de encher os olhos. Não que a cidade seja exclusivamente composta por acertos, mas os seus pontos positivos ofuscam os negativos. Fiquei em Brasília do dia cinco ao dia quinze de dezembro, mais precisamente na cidade de Águas Claras, e pude perceber quão grande e multifacetado é o nosso país.

Pistas largas e longas de doer na vista, edifícios espelhados e pomposos, arquitetura riquíssima, parques, museus. O Distrito Federal é mais do que Senado e Câmara, como costumamos ver através do viés televisivo. É a idealização de um sonho do ex-presidente JK, posto em prática com muita competência por Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e tantos outros trabalhadores que desbravaram o cerrado brasileiro.

O projeto inicial da cidade - o Plano Piloto - feito pelo arquiteto Lúcio Costa, é simplesmente fantástico. Dois eixos se cruzam em ângulo reto, lembrando a forma de um avião (seria o avião do progresso?). O eixo norte-sul aglomera o setor residencial, enquanto que o eixo leste-oeste compreende os setores político-administrativo, de diversões, cultural, esportivo, militar e econômico.

Em contrapartida, se de um lado a organizada Brasília sustenta o status de capital da República Federativa do Brasil, por outro, ainda mantém certo ar de “roça” com seus carros cheios de barro, castigados pelo terreno do centro-oeste brasileiro, além dos vastos campos abertos como que à espera de uma construção. Por falar em trânsito, esta é uma das poucas coisas que não apreciei por lá. Parece não existir setas para os candangos, e as “barbeiragens” superam os dublês de motoristas existentes aqui em Natal.

Segue abaixo um pequeno trecho retirado da Wikipedia:

No dia
02 de outubro de 1956, em campo aberto, o presidente Kubitschek assinou o primeiro ato no local da futura capital, lançou então a seguinte proclamação: "Deste planalto central desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino."

No mesmo ano iniciaram-se os trabalhos de construção. Formou-se o Núcleo Bandeirante, onde se permitia maior liberdade à iniciativa particular e foi batizado com o nome de "Cidade Livre". Especialmente do Nordeste, Minas Gerais e Goiás, principiaram chegar levas de trabalhadores. Os primeiros candangos.

Como fora dito no texto, o primeiro “bairro” de Brasília foi o Núcleo Bandeirante. Daqui do Nordeste, além de Minas Gerais e Goiás, sairam os trabalhadores – mais de 80 mil – que dariam forma ao Plano Piloto e à arquitetura arrojada do brilhante Oscar Niemeyer. É a partir dessa construção que o Distrito Federal ganha um pouquinho de cada parte do país, de cada cultura. Dos candangos aos atuais brasilienses, a cidade é fadada a uma mistura sem fim, resquício inapagável de sua recente história.

Se há em mim um amor sem fronteiras por Natal, agora há um carinho enorme pela capital brasileira, pois além de sê-la, é também a cidade da minha noiva e futura esposa. Espero voltar mais vezes e curtir mais ainda, afinal de contas, o sangue quente dos nordestinos corre por lá desde o início.

Viva a imensidão do nosso Brasil, viva o nosso povo!

Referência
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_de_Bras%C3%ADlia"

"Feliz de quem tem um grande amor, que não precisa dela nunca separar..."


Nunca pensei que pudesse sofrer tanto por amor como venho sofrendo. Parece papo de romântico inveterado, mas na verdade nem tenho tal perfil - sou meio desligado... -, o que não quer dizer que meu coração seja fechado para os sentimentos vários que “rondam” as nossas vidas.

A previsão da dor por minha parte, logo no comecinho do relacionamento, foi concretizada. Tinha a certeza de que a distância machucaria a mim e a ela. Mesmo assim, topamos um começo. Ruim ter dado início? Jamais! Infeliz daquele que nunca sofreu por um verdadeiro amor, por um verdadeiro sentimento.

Eu sofro pela vontade da concretização, pelo desejo incessante de poder dar o meu melhor. Sou daqueles que idealiza o sonho a cada dois minutos na vontade de realizá-lo no instante seguinte. Se é um defeito ou uma virtude, eu não sei, mas eu sou assim desde quando me entendo por gente.

A minha estrela é novinha, reluz sem medir intensidade, proporciona interrogações várias na minha cabeça. A resolução de cada uma delas é tarefa árdua, repleta de alternativas. No momento, busco as melhores, capazes de nos fornecer algo imprescindível numa relação: a unidade.

Saint Exupéry, através do clássico “O Pequeno Príncipe”, fala acerca do ato de cativar. Ora, se cativamos um sentimento de alguém, somos eternamente responsáveis por ela, criamos expectativas. Sendo assim, sejamos responsáveis um com o outro, sejamos o complemento perfeito de sentimentos trabalhados com o esmero de quem realmente ama.

Amar-te alimenta minha alma, mesmo na distância.

Música e arte através da flauta


Tarde limpa e agradável de sexta-feira em Natal. Da varanda ampla e arejada da casa de um amigo, observava o pouco movimento na rua à espera de um ilustre músico potiguar com quem teria um encontro. Naquele meio tempo, fui redigindo e alterando algumas perguntas que iriam embasar a entrevista que viríamos a fazer logo mais.

Flauta no ombro, roupas simples e a inseparável boina preta de sempre. Carlinhos Zens chegara no horário marcado. Com a humildade dos verdadeiros artistas, veio até mim, cumprimentou-me e iniciamos uma “conversa musical” que se estendeu durante todo o percurso da casa até o local do ensaio de apronto que faria para uma apresentação no Forró da Lua.

Zens é natalense, nascido mais precisamente no tradicional bairro das Rocas, mas carrega consigo a carga cultural de todo um estado. Ao iniciar os estudos musicais na Escola de Música da UFRN, com quinze anos, tinha clara a meta de ser músico e viver da sua arte. Longe de sua terra, ainda bacharelou-se pelo Instituto de Artes da UNESP (Universidade Estadual Paulista).

Entrevistar é algo surpreendente. Passar o resto de tarde toda conversando com Carlinhos Zens não seria difícil. Falamos de música potiguar, das inovações dos gêneros musicais, dos seus trabalhos e de futebol. A paixão declarada de Zens pelo glorioso ABC Futebol Clube também é cantada em verso e prosa na música “Sou da Frasqueira”, em alusão à torcida do alvinegro.

Seguindo uma linha riquíssima herdada dos mestres da cultura popular, o artista carrega consigo o Boi de Reis do potiguar Manoel Marinheiro, a ciranda de Lia de Itamaracá, a rabeca de Cícero Carlos e Paulo da Rabeca, os acordes mágicos de Dominguinhos, dentre tantas outras influências. Carlinhos é sem sombra de dúvidas a personificação da música popular, um recanto cultural de extrema importância para a sobrevivência do que realmente vale à pena.

Agora é só baixar o cipó!

Ontem os natalenses foram às urnas e elegeram o seu mais novo representante para ocupar o cargo de Prefeito da cidade, assim como apontou os mais novos (Novos?) “Representantes do Povo” na Câmara dos Vereadores de Natal – Já sentiu a catinga de fezes no quase puro ar natalense?

Política é coisa interessante. Eleitor, quiçá, seja do outro mundo ou se faz de doido a cada eleição. Já escutou aquela música de Bezerra da Silva que diz que “E malandro é malandro, mané é mané.”? Escute! Entenderás o porquê do pedido ao final da melodia.

Operação Impacto: os salafrários imundos assentados na Câmara dos Vereadores, traidores da confiança do povo natalense, venderam-se pelas esmolas oferecidas por empresários da construção civil e votaram contra o Plano Diretor da cidade do Natal. Foram 13 (treze) asquerosos corrompidos pela ganância monetária. Tocaram o “foda-se!” para a população sem titubear. Mas acreditem senhores, desses ladrões de terno e gravata, nada menos do quê SEIS foram reeleitos ontem, todos eles sustentando-se em Fundações de fachada em pequenos currais eleitorais, além das outras falcatruas, lógico. Definitivamente, o povo gosta é de lapada de porrete de jacarandá na cabeça, bem no meio.

Vivemos hoje um neo-coronelismo descabido. Das concessões de TV´s dadas única e exclusivamente aos políticos (Por que será?) às “Fundações” de merda existentes na cidade, há uma cretinice sem fim e um povo submisso, rastejando por migalhas eleitoreiras. Micarla de Souza, a “borboleta”, a que bradou que era do povo durante quatro anos no seu programa diário em sua TV, foi eleita como Prefeita de Natal. Fátima Bezerra, Deputada Federal de vasta experiência, foi relegada. Talvez por ser mais fechada e menos bonita, jamais pela análise do seu Projeto de Governo ou competência.

O povo sabe o que faz. Eu só não entendo depois de dois ou três anos o chororô geral. Chora não, povão! Tem Fundação e programa de TV pra vocês enxugarem as lágrimas. O choro é livre, e o cipó nas costas de vocês também.

Votemos com consciência

Eu nunca discorri sobre Política. Na verdade, desiludi-me de tal forma nos últimos anos que quase caio no erro de querer bani-la pra sempre da minha vida. Mas não se engane colega, a sua abstenção sobre o tema não o levará e nem levará ninguém do nosso tão sofrido povo a lugar algum. Não faça como eu, não pense em querer se afastar das causas da nossa sociedade por meia dúzia de crápulas que aí estão.

No próximo dia 05 de outubro nós teremos a oportunidade de exercer um direito que foi conquistado através de muita luta e bravura por parte daqueles que vivenciaram o Regime Militar no Brasil. Votar é, no mínimo, honrar essa conquista colocando no poder pessoas sensatas e capazes de transformar suas propostas teóricas em realidade. Desconfie de promessas mirabolantes, de políticos que usam as suas concessões de TV ou rádio como palanque eleitoral, de muita maquiagem e populismo ao extremo.

Aqui em Natal temos oito candidatos prefeitáveis. Miguel Mossoró, o louco das propostas das Arábias; Vober (agora com “V” para facilitar a memorização!) Júnior, o que se diz preparado para assumir Natal; Pedro Quitê, pouco recurso e muito discurso religioso; Dr. Joanilson de Paula, advogado e Ex-Presidente da OAB e que aos meus olhos parece ter boa índole; Dário Barbosa, eterno candidato de boas propostas; Sandro Pimentel, também pequeno, mas de idéias muito boas e que até agora tem sido o meu preferido entre os candidatos; Fátima Bezerra, Ex-Deputada Federal e educadora e Micarla de Souza, a que se diz do povo e também se diz ser a “Borboleta de Natal”.

Na real, a disputa para o cargo de Prefeito de Natal encontra-se entre Micarla de Souza e Fátima Bezerra. Micarla, filha do Ex-Deputado Estadual Carlos Alberto e dona da afiliada da SBT (TV Ponta Negra) no estado, não me convence. Com esse slogan de “Borboleta de Natal”, busca uma popularidade e competência forjada por marqueteiros que chega a dar nojo. Demagoga, diz ser do povo, mas a sua face bonitinha não nega. Com um programa à disposição na sua emissora, Micarla passou quatro anos cobrando das autoridades e criou uma imagem de “amiga das causas sociais”. Pura ilusão midiática.

Já Fátima parece ter nas alianças o seu maior trunfo. Porém, e infelizmente, a petista não consegue ser carismática para arregimentar os votos que necessita. Mesmo com a ajuda do Presidente Lula e de outros líderes do partido, a campanha da prefeitável ainda vem sendo batida pela adversária e corre até o risco de não chegar ao segundo turno. Em suma, a deprimente Micarla parece despontar como a futura Prefeita de Natal, coisa que nenhum cidadão merece. Uma última coisa: percebeu que não falei dos vereadores, não é? Pois bem, estou me recusando a falar, não merecem qualquer tipo de comentário!

É como um colega falou. Só temos uma bala para matar dois ladrões, um irá no pegar.

Mistérios


O assunto é polémico e não é de hoje. Desde os tempos mais remotos, o homem tenta encontrar respostas para o que lhe espera no “além-vida” apoiando-se em conhecimentos empíricos e teológicos, fazendo da Religião uma das plataformas favoritas para resolver suas formulações mais cruéis acerca da morte.

No Egito, por exemplo, os Faraós eram mumificados e recebiam enxertes de ervas de cheiro dentro dos seus corpos, além de um livro denominado “O Livro dos Mortos”, no qual continha instruções sobre como proceder na outra vida. Em outras culturas, o defunto era posto numa pequena barca e queimado, ou ainda deixado dentro de cavernas envolto em panos. Hoje chegamos aos novíssimos canibalescos métodos funerários de queimar pessoas vivas, arrasta-las por quilômetros a fio presas ao cinto de segurança, decapita-las, esquarteja-las, fuzila-las dentro de favelas. Estamos mesmo no século XXI?

O ditado de que a única certeza das nossas vidas é a morte, acarreta não só hordas religiosas das mais variadas querendo arregimentar novos fiéis e prometendo a morada eterna num pedaço do céu, mas também uma gama infinita de gente viva que vive do “negócio da morte” como fonte de vida. Estranho, não? Pois é, amigo, serviço funeral é um negócio da China (dispensemos aqui o trocadilho com o novo entorpecente das massas, digo, novela da Globo!) para aqueles que já esperam pelo próximo óbito à frente das UTI´S brasileiras.

Em se falando de mortes, lembrei-me dos cemitérios e nos seus conceitos. Seria tal recanto apenas um depósito de corpos humanos em decomposição, ou a sua essência e aura transcendem essa visão limitada e nos leva a imaginá-lo como um portal para outras vidas? Pois bem, é com esse propósito que o presente texto foi redigido e, depois de toda essa prosa fiada, nos indaga sobre mais um polémico tema cuja resolução acredito ser algo infindável.

Para você, o que é o cemitério? Resolva-se antes que a morte te carregue!

O estilhaçar da essência.


“O essencial é invisível aos olhos”. A famosa frase de Saint-Exupéry, escritor francês cuja obra mais famosa é “O Pequeno Príncipe”, nos leva a pensar sobre o que considerarmos verdadeiramente importante nos dias de hoje. O que é essencial para que possamos ser felizes nas nossas vidas? Há uma fórmula mágica onde o seu simples uso nos leva à felicidade de forma instantânea?

Eu sempre ando a buscar respostas. Na verdade, a vida por si só é tão enigmática que chego a pensar que Deus nos colocou no mundo pra “tirar um sarro” das nossas caras diante de sua magnitude e perfeição incontestável. Quando pequenos, somos imediatistas, queremos tudo num piscar de olhos sem nem mesmo analisar o que estamos adquirindo. É compreensível, afinal de contas são apenas crianças desejosas pelas tentações mundanas onde, desde pequenas, são expostas e usadas pela indústria mercadológica para o ato final realizado pelos pais, mesmo que esses estourem os já inflados cartões de crédito para satisfazer o desejo infantil dos filhos.

Dúvida maior ainda eu tenho quanto ao comportamento adulto atual, cujas características descartáveis são ligadas fortemente às das crianças já citadas. A essência, aquela trabalhada por Saint-Exupéry, não mais importa. A sociedade é regrada pelo consumismo desenfreado de valores imbecis, forjados por um senso comum ridículo e de péssimo gosto. Quem fala de amor é mané, quem cultiva a boa educação é um careta e quem escreve cartas é um pré-histórico fora do contexto atual. Vai ver que é por esses motivos que vivemos na sociedade que vivemos.

Veja só: não me rotulo como um puritano ou radical quanto ao assunto. Pelo contrário! Às vezes sou pego por essas tentações e me limito aos superficiais que nos são impostos. O texto não é nada mais, nada menos, do quê uma auto-crítica – também! -, pois faço parte do meio criticado. Lá no início do texto eu fiz duas perguntas, talvez elas sejam muito subjetivas e particulares para que eu dê uma resposta geral. Porém, vale salientar que a felicidade de cada um é aquilo que move suas ações e desejos mais interiores. A felicidade humana, a essencial, independe da banalidade consumista ou econômica, mas depende sim do nosso desejo mais ardente de sermos felizes e de bem com a vida.

O essencial é ser feliz, seja a felicidade encontrada por fórmula mágica ou não.

Abençoado sim, sortudo não.


Mamãe diz que eu tenho sorte, tudo cai em minhas mãos sem muito esforço. Eu não acho. Creio que faço por onde e acabo sendo recompensado. Ela tirou essa “conclusão” pelo fato do meu atual trabalho, quando por intermédio de um colega de Universidade acabei ficando com a vaga aberta. Ora, tenho amizades, me relaciono bem com todo mundo, sou de fácil acesso – assim julgo -, tenho um bom papo.

Semanas atrás, numa aula de Comunicação Comparada na UFRN, o meu docente chegou pra mim e disse que queria falar comigo em particular. Ele saiu antes de finalizar a aula e acabou que a conversa ficou para depois. Fiquei com aquilo na cabeça, pois eu o conheci no decorrer do semestre e não tinha a menor noção do teor da conversa.

Semana passada, ele chegou pra mim e fez uma proposta. Sem muitos rodeios fui convidado a participar da Base de Pesquisa em Comunicação com o tema “A Ditadura no Rádio”. Aceitei de imediato, a base é um passo importantíssimo para minha Graduação, Pós-Graduação e, quem sabe, um Mestrado na área.

De fato, sou um abençoado, sortudo não.

Mendigando para vencer


Hoje eu li algo que me tocou. Tocou-me por eu ser um misto de sentimento e loucura, me emociono fácil. Num mundo onde somos reféns da mesquinhez, das arbitrariedades e acima de tudo, das desigualdades impostas pelo homem e, por conseguinte, toda a sociedade, ainda há pessoas que sonham em ser aquilo que estão fadadas a ser.

Li uma reportagem sobre um ex-mendigo que passou no concurso do Banco do Brasil. Acredite! Um mendigo que passou no concurso do Banco do Brasil. Eu não preciso escrever muito, pois minhas palavras não reproduzirão com perfeição aquilo que eu gostaria de dividir com quase ninguém que visita esse espaço.

Aqui vai o link:
http://www.rfdslabs.com.br/index.php/2008/06/20/mendigo-passa-no-concurso-do-banco-do-brasil/

Leiam com atenção e reflitam. Há algo mais em cada um de nós, há algo que nos torna seres radiantes e vencedores, assim como o Mendigo Banqueiro.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O complexo português

Escrever é complicado. Engana-se quem acha que a escrita não requer treino e atenção nos mínimos detalhes. Engana-se mais ainda quem acredita na não-importância do ato da mesma.

Fico abismado quando estou ali, vagando pelos posts do Orkut na Comunidade Alvinegra. Erros grotescos de português (tudo bem errar, eu também cometo homicídios gramaticais. Mas praticar genocídios?), frases mal articuladas, acentuações bizarras. Quem quer ser entendido procura comunicar-se da maneira mais clara, e escrever da forma mais correta possível é dar um passo significante para tal.

Por outro lado devemos reconhecer a riqueza e ao mesmo tempo a complexidade da língua portuguesa. Saber escrever corretamente, seguindo às regras adotadas pelos gramáticos é uma tarefa que requer muita concentração e capacidade para organizar idéias em torno de um assunto principal. É difícil conceber a idéia da boa escrita por uma maioria da população num país onde a educação é tratada como produto de terceira. A preocupação com a escrita do cidadão, acredito eu, não passa de absolutamente nada.

Seria a partir de uma educação bem pautada e capaz de elevar o nível intelectual da população que poderíamos galgar maiores avanços no tocante à escrita no meio do popular. Enquanto o analfabetismo for rei, tendo o descaso como príncipe, haveremos de nos deparar com adultos semi-analfabetos, cuja proeza de escrever o primeiro nome é tratada como vitória pelo Governo.

Três e meia da manhã. Um CU me faz escrever.

Estou acordado. Sou ser noturno, desfaço o rotineiro e costumo dormir às 4h. Esta é a minha rotina, fazer o quê?! Minha mãe reclama deveras e diz que troco o dia pela noite, que tal atitude faz um mal cavernoso. Mas eu gosto, é o que importa.

Já são 3h30, mas eu tive a idéia (depois do meu amigo Júnior Bicha me corrigir sobre uma acentuação errônea na palavra CU) de escrever sobre o ânus, vulgo fiofó. O cu é escroto por natureza, despreza o acento gráfico que eu quis impor-lhe. Despreza, também, a minha ignorância mal-cagada e é um monossílabo tônico sacana que na maioria dos casos cheira mal justamente por ser o que é.

Dizem que ânus de bêbedo não tem dono e eu até concordo, já que o estado de embriaguêz (a depender das doses de Jonny ou Red...) faz com que o "cabrunco" perca até o controle da "Prega-Mestra". Mas convenhamos que gosto é igual a cu, sendo assim, prefiro que o meu faça bico após umas sete garrafas de 600ml de Bohemia... Ou Skol, Bhrama, Artartica, Sol, Skin, Kaiser, ou finalmente a porra louca da Bavária, cerveja de boiola e emo.

Camarada, quem tem frinfa que se ligue! Não sou puritano. Liberal, é assim que me classifico. Por exemplo: se você quiser dar seu reto... Que dê! Troque depois por um de uma cabrita ou um bode! Veja só; meu amigo Júnior deu o dele, mas se ligou no acento do cu. Agora, resta cada um se ligar onde arreia o seu pra que depois não queiram culpá-lo por não poder assentar-se confortavelmente e por não acentuá-lo.

OBS: O texto foi redigido com um estado de embriaguêz até mais ou menos.

OBS 2: Agradeço ao amigo Júnior Bicha pela contribuição anal, grande instigadora de meu texto pervertido e fétido.

Eu odeio buzina no trânsito.

Quer me chatear? Buzine pra mim no trânsito! Hoje, na volta do mercado com meus pais, estava eu esperando numa boa os carros passarem pra poder entrar na BR-101 às 18:00h (Pico) e um filho-de-uma-mãe buzinando atrás de mim.

Meu, que ódio daquele ser imbecil e pouco inteligente. O que ele queria que eu fizesse? Criasse asas depois de tomar um Red Bull e saisse voando? Bastardo do caralho! Tem caras que não deveriam nunca passar no DETRAN, pois são uns desequilibrados mentais.

Quando morre um, dois, três ou até uma família inteira por causa de um imbecil desses, ficam se lamentando. Lamentável é aturar um "buzinador frenético" atrás de você, achando que é o dono incondicional de toda a pista.

Abaixo às buzinas automotivas!

A inutilidade do BBB

Jesus, Pai de misericórdia e amor, dizei-me: existe algo mais fútil, inútil e de pouca serventia como o Big Brother Brasil? Existe, Senhor, algo tão cretino a tal ponto?

Pai, agora me diz: como que a sociedade brasileira quer respeito se ela mesma se deixa levar por um programa tão mesquinho, cujos valores do ser humano são postos de lado em detrimento das quantias em jogo e das recompensas inúteis e de valor local a cada semana? Seria tal programa um fetiche, ou é sado-masoquismo mesmo, Pai?

Eu tenho a consciência de que sou um privilegiado por ter tido a educação que tive, sabendo discernir o que presta ou não na TV ou qualquer outro meio, e acho que até peco em falar que a sociedade está deixando se levar. Porém, faz-se necessário dizer que somos nós (a Sociedade, senhores!) que fazemos a Opinião Pública, e se colocar-mos as mãozinhas na cabeça, certamente veremos quão idiota esse programa é e que ele não acrescenta em nada nas nossas vidas. Queremos Cultura e muita informação na TV! Estamos fartos de lixo fantasiado de programação.

O BPBB (Big Pseudo-Brother Brasil) é uma afronta ao nosso povo e a capacidade de cada um de nós. Se o próprio brasileiro não repensar os seus conceitos, imagina aí o que será de nós daqui pra frente. Não quero fazer cinquenta anos vendo o Big Desgraça na Globo. Não senhores, não me façam essa desfeita. Poupem-me do castigo televisivo.

Bebo porque gosto de beber!

Já dizia Briola, voz do demo (aliás, Briola do Ferro na Boneca personifica o Belzebu por completo), que "Bebo porque gosto de beber..."

Quem bebe pra não ficar bêbedo é um enganador, anti-ético perante a boemia amiga, e pouco profissional na arte da bebedeira. Não me sento em mesa de bar para sair bom, pois o prazer de beber encontra-se na sensação de comunicar-se de forma mais aberta, se é que me entendes, camarada.

Quando bebo não o faço por ser induzido por alguém. Na verdade, comecei nessa "carreira" aos 18 anos (vejam só vocês, leitores. Hoje os pré-adolescentes já tomam seus porres escondidos dos pais aos quatorze, quinze anos de idade, naqueles churrasquinhos sacanas de sala de aula organizados por algum sacana pervertido mais velho.) e apreciei bastante.

Lembro-me como se fosse hoje dos meus primeiros copos etílicos no Arraiá da Ivanice. Eu tomando aquela caipirinha manguacenta de calourada, com mais água e açúcar em detrimento do álcool. Acabara de findar um namoro de três anos, queria esquecer. Deleitava-me ao som de Amazan e dançava com uma rapariga que eu digo a tu, nunca mais encontro dançadeira igual! A mulher era uma desgraçada e só não me botou no bolso porque, sem falsa-modéstia, já me garantia no forrobodó. O rela coxa foi porreta, até ereto o pênis ficou!

Os percalços dos ébrios são vários, e caso você esteja pensando em entrar para o seleto grupo dos bebedores de cachaça, vodka, aguardente de cana, wisk e outros, o faça com a responsabilidade de quem sabe que, um dia, poderá ter muita gordura no "figu" e morrer precocemente de uma cirroze-epática-cabulosa que não pedirá licença e te jogará pra debaixo de sete palmos de areia.

Ontem, dia 01 de janeiro de 2008, pra começar o ano com "Chave de Ouro", tomei umas gelas com os papudos-mirins aqui da rua. Resultado? Todos embreagados, dilema entre sexo com e/ou sem camisinha (escolhemos sem!), futebol e a escolha dos maiores manicacas do conjunto. Uma miscelânia do caralho pra bebum nenhum dizer que tem defeito.

Depois dos exageros e topadas no meio da rua, o "Deus dos Cachaceiros" me foi generoso, e fez com que eu desse uma vomitada gostosa na pia do banheiro lá de casa (na última vez fiz de mim e minha cama o destino final da substância estomacal...), com papai e mamãe assistindo à cena. Coisa de cinema, cinema decadente.

Enfim, eu bebo porque gosto de beber! E quem não gostar experimente uma dose de cachaça Volúpia com um tira-gosto de camarão com ovinhos de codorna que é na marca, pai véi!

Um post para a posteridade.

O povo é a personificação da dor, da angústia, dos anseios, da injustiça levada consigo. O povo, além de personificar tudo isto, ainda personifica a raça, a vontade de vencer, a capacidade de superação, a vontade de viver, a cooperação para com o seu próximo. Mesmo que para isso tenha que tirar do seu!

Não há conquistas sem batalhas árduas, pois se assim fosse não haveria motivos para comemorações. Roma, no ápice da sua glória, teve generais que honraram seu nome e sua tradição arregimentando novos territórios e, por consequência, abrindo brechas para novas arrecadações para o Império. A cada vitória, um brinde. A cada conquista, um banquete.

Quem supera às intempéries da vida, conhece a verdadeira essência do vencedor. O que nasce em "Berço de Ouro" e tem a bonança ao seu lado, pode até conhecer tais maculações, mas jamais saberão o quanto elas doem de verdade.

O dia 28 de novembro marcou para sempre o fim do sofrimento de um Povo. Eu só consigo dizer, por hora, que tal povo merecia e muito ter saído daquele inferno. Obrigado, Pai!

Se mandar cercar e jogar uma lona, vira circo.

Uma hora da manhã. O Forró Peba na Pimenta chega ao segundo local de apresentação da noite. O Fuzuê da madrugada estava apenas começando no último andar daquele prédio "meia-boca", e as surpresas também.

Bairro do Alecrim. O inferno de Natal eu garanto que é ali! Ponha-se a andar - ou tentar! - nos horários mais "convenientes" para tal atividade (Coisa perto das onze ou meio-dia...) e você verá que tenho razão. Vendedores gritam no teu ouvido e, achando pouco, ainda usam um alto-falante vagabundo pra te intimar a entrar na porra de uma loja que arde de calor e é intransitável de tanta gente.

Naquela hora que cheguei ao local e vi o Alecrim vazio feito festa onde o dono leva "manga" (prejuízo), entregue aos mendigos da noite (E ao pessoal da Vogue!) não pude conceber, coisa inimaginável mesmo.

Na recepção do local, um toldo em forma de rola com o nome grafado na cor verde e em letras garrafais já dá a sensação que a putaria começa ali. O segurança gordo de "blaser" (Se é assim que se escreve esta porra...) preto e posando de boa pinta, estabanado estava na cadeira, estabanado ficou; só olhando o papai aqui se fuder na retirada do material musical de dentro do transporte. Estávamos apenas pra começar.

Coincidentemente chamamos (Nós, do Forró Peba na Pimenta) a sanfona e seu case de "Pau-no-Furico" de tão pesada que é. Ninguém queria levar "Pau-no-Furico" naquela noite. Talvez pelo medo incessante de um ataque homossexual repentino ou coisa parecida, e o "Pau-no-Furico" tornar-se algo concreto. Sem medo do inferno, eu e o sanfoneiro seguramos a barra sozinhos.

Colegas, subir três andares, de costas, com drags, lésbicas loucas ativas e passivas doidas pra enfiar-te um maranhão no frinfa e viadinhos ouriçados por um cacete viril subindo e descendo escadas enquanto passávamos, foi foda! Não há sensação mais estranha e constrangedora. Passar por corredores repletos de machos se esfregando e trocando beijos não é nada bom, me senti destoando de todo ambiente. Na verdade destoávamos mesmo, pois os únicos heteros do local (Pelo menos assim penso, fazendo uma ressalva quanto à masculinidade do nosso vocalista) éramos nós e uns gatos pingados que se encontravam fazendo a segurança.

No palco, cantadas eram inevitáveis. Eu que não sou menino, tratei de arrumar um aleijo na perna e um figurino bem mambembe. Deu certo! A bicharada toda se derretia pelo "Galeguinho do Acordeon" enquanto eu fazia o meu trabalho de serviçal dos palcos, uma beleza!

No ambiente principal o Forró Peba na Pimenta agitava loucas "amancebadas", menos carentes e cheias de amor pra compartilhar com seus parceiros. No ambiente secundário, as meninas e meninos carentes se deleitavam com o streap de drags, que tem pau como eu e você (Caso seja um homem fazendo a leitura...), mas enganam muita gente depois de umas doses de álcool, revelando a “buceta-de-pau” quando o camarada já se encontra com os "zoinho" virados e cheio de amor pra doar àquela criatura da noite.

No Alecrim é assim. Se de dia a loucura é generalizada e te açoitam com gritos e convites irritantes para adentrar naquela loja vagabunda de importados, à noite eles são prazeirosos (Pra quem curte!) e os açoites são regados a muito chicotinho e palavras de ordem irrefutáveis. Parafraseando Elino Julião (Que de bicha não tinha nada e tratou de fazer uns 10 filhos pra provar), me lembrei de um trecho de “Mulher de Verdade” que diz mais ou menos assim: "Bata, nêgo, pode bater, bata com força que eu não sinto doer!"

“Aí dentu” ! Porque aqui só sai...

"Rejendo" a futilidade noticiosa.

Acesso o Portal Terra procurando um lance relacionado à música e quando passo os olhos em um certo ponto da página, lá está: "Lembrancinha do filho de Winits tem erro de português".

Fico me perguntando quão construtiva e qual o interesse que pode despertar tal notícia. É o fim do mundo! Qual relevância teria tal notícia se o filho fosse meu ou seu, cuja imagem é apenas mais uma entre tantas?

Não é o erro de português que me deixa indignado, cheio de resignação - afinal de contas um erro de português pode acontecer com qualquer um -, é a falta do que inventar e a capacidade (medíocre, diga-se de passagem!) de noticiar algo tão fútil. Toma no teu cu, reporter do caralho!

"(...) O sol nasce para todos, só não sabe quem não quer." (Legião Urbana)

Para tudo na vida há um momento certo. Não podemos cobrar do mundo algo que não estamos preparados para receber ou gerenciar. Deus é o Senhor da Vida, e tudo que existe nesta terra, acredite, pertence ao mesmo.

Abro esse post com tal reflexão e recordo-me das angústias futebolísticas sofridas em anos passados. 2004 ficamos sem série, 2006 da mesma forma. Lembro-me desse 2006 como se fosse ontem, eu chorando no alambrado do Frasqueirão, indignado com a situação que o tão popular ABC FC se encontrava. Mal sabia eu que um ano após aquilo eu choraria no alambrado novamente, desta vez de alegria, pois nos consagramos Campeões Estaduais no Profissional em cima do maior rival, Campeão nas Categorias de Base, subimos de divisão, nos classificamos para a Copa do Brasil, e ainda vimos o rival se afundando nas próprias trapaças e erros.

O mundo dá voltas, e como o futebol é fugaz por natureza, agora chegou a nossa vez, a nossa hora. Obrigado, Pai! Por tudo que se realizou neste ano, pois com toda a certeza foi o mais feliz da minha vida. Pude soltar um grito e um sentimento que se encontrava preso comigo há muito tempo. A humilhação que nós fomos submetidos só nos fortaleceu e agigantou ainda mais o maior clube potiguar.

Só lamentos do lado de lá, só alegrias do lado de cá! Que 2008 chegue cheio de "Positive Vibrations" para nós, Alvinegros de corpo e alma!

O preconceito Tupiniquim.

Vez por outra na mídia, notícias de caráter preconceitouso envolvendo o Brasil são veiculadas. Não foi uma nem duas vezes que vi ser noticiado nos grandes telejornais brasileiros algo que fora dito lá fora em tom de ironia e desconhecimento do que é realmente o Brasil, causando furor na mídia e sociedade.

O preconceito é algo triste, um conceito pré-fabricado como o próprio nome indica. O que faz um ser humano achar que no Brasil só há jacarés e onças pintadas no meio da rua, e que tudo aqui é selva? Eu fico tentando imaginar como é que uma pessoa consegue alcançar algo tão bizonho.

Mas aí vem o ponto onde quero chegar: qual é o moral do BRASILEIRO em querer um tratamento justo e sem preconceitos do resto do mundo, quando o próprio é preconceituoso com seu irmão pátrio? Os preconceitos internos são inconcebíveis! Coisas totalmente absurdas e capazes de me fazer sentir triste e sem perspectivas de melhoras. Moro aqui em Natal/RN e muitas vezes vejo comentários absurdos de sulistas, de teor pouco aproveitável, deplorável e medíocre.

Quem se julga superior, ao meu ver, tem a obrigação de saber que um preconceito é algo ridículo, cuja composição é fadada ao esquecimento. Sua Cultura - suponho - é capaz de fazê-lo compreender isto. O que acredita no estereótipo, toma-o para si e passa acreditar no conceito criado, sem base alguma.

Amo o Brasil e sei que não são todos os sulistas ou qualquer outro povo de qualquer outra região que adotam essa postura mesquinha. Mas se há preconceito interno, não há motivos para os brasileiros espernearem por respeito fora do país. Enquanto for assim, não me importarei com os preconceitos externos. Quando a postura mudar, aí sim, sou o primeiro a fazer côro junto ao resto do povo.

Dívidas pendentes x acerto de contas.

Blog,

Vim acertar contas! Prometi palavras e indagações mais elevadas culturalmente falando, não é? Pois bem, cá estou. Tenho que confidenciar; não sei do quê vou falar. Talvez eu fale sobre as minhas dúvidas sobre o que ser no futuro, ou pode ser que eu fale sobre como nós, seres humanos, somos bizarros em algumas ocasiões.

Achei um assunto! Final de semana desses da vida sai com Biro, sanfoneiro do Peba e amigo meu. Estávamos apenas dando uma volta, era um domingo, a cidade estava parada como naqueles filmes americanos em que passam aqueles feltros (se é que esse é o nome.) rolando no meio do nada. Encontramos um bar aberto e ficamos sentados tomando uma cerveja. Enquanto tomávamos aquela "long-neck", observei o quanto a prostituição é escancarada em Natal. Puta entra, puta sai. Puta entra, puta sai. Eu não compreendia de onde vinham tantas prostitutas, acho que elas brotavam das entranhas de Ponta Negra.

Ponta Negra... Tão linda, tão natural, e tão cheia de prostitutas! Fresquinhas, elas saem diretamente dos recantos menos favorecidos de Natal. Preenchem o cenário triste da "Princesinha Natalense", cartão postal da cidade e figurante de matéria do Fantástico por causa disso. Com uma beleza que só os gringos vêem - e pagam bem por isso! -, as "bixinhas" da noite descobrem na beira da praia uma fonte de renda fácil, afinal de contas abrir as pernas e ganhar Euro é mais cômodo do que ralar na casa de uma dondoca a semana inteira ganhando Real.

Vou propor uma solução seriíssima: se é pra ficar nessa putaria e falso-moralismo de que, "Iremos tomar medidas energéticas contra a prostituição na capital." e na verdade não se fazer nada, é melhor o Prefeito e a cambada do Poder aqui do RN cair na gandaia. Junta todo mundo nos cabarés mais renomados de Natal (incluam nesse balaio de gato o Vérus Bar, o Cabaré da Aninha e o Nira Drinks!, Pois eram/são casas de respeito...) e vamos todo mundo tomar uma grande para refletir comigo acerca da problemática. Bêbedos, de preferência! Não vale tentar dedar o Prefeito, bulinar mamilos alheios e nem fazer sexo durante as pautas, além de não poder boquetear os palestrantes. Quem quer sexo, vá pra Ponta Negra!

O rato abandonou o navio.

Dizem que quando a coisa está feia numa embarcação, os ratos são os primeiros a abandonar seus "postos". Os roedores, que quase sempre ocupam - ou ocupavam - as partes inferiores dos navios, no menor sinal de naufrágio, já estão/estavam de malas prontas para o desembarque.

Pois bem! A minha embarcação vem sofrendo algumas avarias nesses últimos dias. Minha propulsão motorizada estava inoperante e quando pegava era só no empurrão. Ajeitamos, tudo certo. Depois de quatro dias seguindo viagem varando a madrugada fria, nosso leme se choca contra algum animal marinho e perde contato com a nave. Que puta sacanagem!

Minha fonte resfriava, agora meu mouse parou. Falta agora aparecer os Piratas do Caribe e roubar o meu ouro, que se resume a duas cuecas novas, uma zabumba Odery e um punhado de roupas.

Paciência demais ou vergonha de reclamar?

Hoje à noite, acompanhando a família, fui ao "Pierre", restaurante francês aqui em Natal. Não fomos comer nada demais, apenas lanchar uns sanduíches. Fizemos as escolhas e esperamos. Esperamos, esperamos... Uns trinta minutos para quatro refeições serem trazidas até a nossa mesa.

Meus pais já estavam impacientes. Eu e meu irmão também, mas nos "empalhamos" com uma conversa macabra de mortos falando com vivos, e isso fez o tempo correr. CHEGARAM! Os sanduíches estavam lá, na nossa frente. Só que... Cadê o molho? Cadê os refrigerantes?

Simplificando: esperamos TRINTA minutos por refeições frias, servidas incompletas e os refrigerantes ainda estavam trocados. No final das contas comemos tudo numa boa, mas meus pais ficaram putos, falando ironicamente com o garçom.

Eu fico todo sem jeito quando isso acontece, acho que sinto vergonha por aquela pessoa, pois ela não tem nada com a situação. Infelismente faz-se necessário a reclamação para que de uma próxima vez (SE houver!) o erro não seja repetido. Todo mundo merece uma chance, até mesmo um restaurante francês que me fez esperar trinta minutos por um sanduíche não tão gostoso quanto o mesmo X-Bacon da "Hamburgueria", vulgo "sebosão" aqui na rua.

O Ser Humano: Eu não compreendo.

De onde vem a personalidade de cada ser humano? Do seu meio, herdada através do DNA de seus genitores, ou criada por ele mesmo sem influência de ninguém?

Fico me perguntando a cada vez que as pessoas brigam entre si por coisas banais, de fácil resolução. Como conseguem transformar o simples no cúmulo da complicação? No meio de tudo isso, eu! Querendo agradar ambas as partes, sendo açoitado pelo chicote das diferenças.

Ser fóssemos iguais, realmente seria um saco, perderíamos a magia de se descobrir a cada dia. Mas convenhamos; ser tão diferente, à beira da bizarrice, é demais e eu não aguento. Jogo a merda no ventilador, salve-se quem puder.

Quase pai

Certa vez um amigo me confidenciou.

- É brother, a menstruação da "boyzinha" está atrasada, acho que fudeu viu, já estou me preparando psicologicamente, pois tudo irá mudar.

Falava-me isso com serenidade, preocupação e felicidade. Um misto de tudo, coisas totalmente antagônicas.

Uma nova vida significa várias mudanças e expectativas. Se essa criança viesse - pois eles acabaram tendo a sorte ou azar de não ter vindo... - iriam ter de se moldar à nova vida. Deus sabe o que faz, os jovens e seus hormônios insandecidos não.

Tenho pra mim que uma criança agora iria ser legal pra eles. Tirando a parte do leite ninho, fraldas, boçadas, cagadas e mijadas certeiras, ajuda a amadurecer, sabe? Nada disso supera a beleza de um ser novo, é só mais um trabalho, igual ou mais excitante do quê o ato de fazê-lo.