sábado, 28 de fevereiro de 2009

Globo, a verdadeira autarquia


Vez por outra “presencio” debates ferrenhos no Orkut acerca da Globo e a sua suposta inclinação à manipulação. Essa semana, no Ceará, por motivos ainda “obscuros”, a TV Verdes Mares – aquela do Garras da Patrulha, Coxinha e companhia... – foi impedida, definitivamente, de enviar o seu sinal de satélite para todo o Brasil.

Não que a grade da emissora alencarina seja repleta de programas culturais e de bom gosto, mas tal atitude foi um golpe certeiro no ego do cearense e do povo nordestino como um todo. Certamente, a Verdes Mares mordeu os calcanhares do Império dos Marinho e pagou o preço por alcançar picos inimagináveis no Ibope, desbancando programas da “dona do poder”.

Ora, os meios de comunicação têm de atender primeiramente aos anseios do público, suas necessidades como telespectadores/ouvintes/leitores (Aí, falo de necessidades sem adentrar na questão da programação, tema controverso, principalmente no Brasil.). O que a Globo fez, caso se confirme, foi simplesmente negar o direito de programação local ao povo cearense e nordestino espalhado pelo país por puro interesse mercadológico.

Mais uma vez, somos obrigados a engolir no seco os mandos e desmandos daquela que nasceu em meio à Ditadura e se alastrou pelo Brasil como vírus mutante. Destruir a relação de proximidade da Verdes Mares para com o povo nordestino foi covarde, digno de quem realmente gosta da manipulação. Sendo assim, senhores e senhoras, o Brasil tem de acordar, mostrar que a opinião pública exerce poder (ainda!) e merece mais respeito, juntamente com a tradição e cultura de cada região do país.

Coxinha e Doquinha uma hora dessas estão obrando nas calças com medo de perder o emprego, dialogando mais ou menos assim:

- Tu viu, Doquinha?
- O quê, Coxinha?
- A Globo, mandou o patrão cortar o sinal da gente para o resto do Brasil. Pode?
- Pode não, Coxinha...
- Pode sim, Doquinha, eles são a verdadeira autarquia. Nós, somos apenas os fantoches.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Sem Pierrôs e Colombinas


Carnaval nunca me fascinou, sempre fora uma data qualquer no meu calendário. No Brasil, somos obrigados a engolir goela abaixo uma porção de quinquilharias carnavalescas e/ou de outras datas, sejam elas proporcionadas pela mídia ou comércio. Tenho amigo que, se não pular Carnaval em Salvador-BA, Caicó-RN, Jardim do Seridó-RN, Olinda-PE ou Macau-RN, por exemplo, nunca mais consegue ter uma ereção peniana.

É na Festa da Carne que todos os bichos são soltos. Sabe aquele machão da tua rua? ‘Tá lá, indumentárias carnavalescas estilo odalisca, vestido de “kenga” em Pirangi praia ou na Sede Social do América Futebol Clube, o famoso Japecanga, no tradicional “Baile das Kengas”. Purpurina a granel, peitinhos forjados com esmero, shortinho atolado no rabo. Êta! Tin-do-lê-lê! Se a Copa do Brasil é o caminho mais curto para a Taça Libertadores em se falando de futebol, o Carnaval é o caminho mais rápido pra começar a queimar o eufrásio.

Brincadeiras à parte, o Carnaval, aquele antigo e cheio de tradição é muito valoroso. Só não consigo entender como alguém consegue passar quase uma semana correndo atrás de um trio elétrico tocando rits como “(...) chicleteiro eu, chicleteira ela, chicleteiro eu, chicleteria ela, chicleteiro eu, chicleteira ela, libera, libera, libera, libera...”.

Meu ouvido não é penico, muito menos está fantasiado de receptor de merda ambulante. Que eu fique em casa, pois quem gosta das autarquias fonográficas da atualidade está correndo atrás de um trio numa hora dessas.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Meu nome é Doidão, Júnior Doidão!


Hoje falarei de nomes. E um pouco de infância, também. Antes de tudo, uma pergunta: você já percebeu que, quando alguém grita por um Júnior, no meio de uma multidão de cem pessoas, no mínimo umas cinqüenta olham para trás? Parece brincadeira, mas é verdade. Digo isto, pois sou um deles e, sinto que além de americanizado, meu nome é “malhado” feito farinha em feira livre.

Lá na rua, há mais ou menos quinze anos atrás, tínhamos simplesmente cinco indivíduos chamados Júnior, cada qual com os seus apelidos. Júnior “Bicha” (uma longa estória...), Júnior “Transformação” (lembro que os olhos ficavam esbugalhados igual aos de um pequinês louco e com acesso de raiva.), Júnior “Doidão” (dizem que ganhei o apelido por ter entrado numa casa pra roubar umas frutas, e em tal casa tinha cachorros. Eu não lembro desta feita, pois nunca fui meliante-mirim!), Júnior “Banana” (só Deus sabe o porquê de ter sido premiado com esse apelido de merda!), e o não menos original Júnior “Macaco” (o maior infeliz-pulador-de-rampas que já vi atuar na perigosa pista de bicicross do conjunto Natal Sul!).

Para sermos reconhecidos como seres humanos e termos nossas próprias identidades, foi preciso diferenciar-nos de alguma forma, nem que fosse através de apelidos escrotos e pitorescos. Eu, por exemplo, nunca fui o Júnior, mas sim o “Doidão”. E não era somente na rua! Para soltar uma pipinha, dar uns rolés na minha bike BMX Monark, ou fazer qualquer outra atividade vagabunda da minha infância, não evocavam pelo nome, mas sim pela porcaria do apelido - o qual me persegue até hoje -, sendo herdado e usado inclusive por minha mãe para me chamar a atenção.

Agora, tenho que admitir... Em relação ao restante dos apelidos da rua, os “Juniors” eram muito privilegiados. Vejamos: “Cara de buldogue”, “João Boca-de-caçapa”, “Hugo Viado”, “Hugo Mentirinha”, “Dudu, Dudu, Dudu com pau-no-cu!”, “Alan Doente”, “Thiago Bura-Bura”, “Guiné”, “Boneco de Olinda”, “Alessandro Zarolho”, “Iran Peitos-de-cabra”, “Breno Rochana”, “Rossine Kid Bengala”, “Íverton Anão”, “Thiago Lombriga”, "Daniel Manga Rosa", "Paulinho Testinha".

Eu não sei de onde que surgiu tanta criatividade e maestria para nomear pequenos vagabundos em meados dos anos '90, só sei que éramos felizes como pintos em bosta, cada qual com o seu apelido carinhoso até hoje cultivado com a certeza de que a infância valeu e muito à pena.

Assinado:
Júnior Doidão.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Novos desafios

A vida nos proporciona caminhos vários para que possamos levar à frente os nossos projetos pessoais. Considero-me como sendo um cara batalhador, que vai em frente naquilo que planeja conseguir. Desistir é uma palavra inexistente no meu pequeno dicionário repleto de erros.

Hoje dei início a uma nova empreitada buscando não só uma melhora - financeiramente falando -, mas também uma aquisição de conhecimentos para toda a vida. Já diziam os meus professores do ensino fundamental, que podem nos tirar tudo! Exceto o conhecimento adquirido.

Então, Senhor, se for do teu feitio, que eu seja bem-sucedido naquilo que irei fazer durante esses três próximos semestres. Que eu seja bom para mim e para aqueles que me rodeiam, servindo-lhes de “árvore frutífera” e transferindo-lhes conhecimento se eu os possuir.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Sul-coreana tenta carteira de motorista pela 772ª vez


Uma mulher de 68 anos da cidade de Wanju, na Coreia do Sul, tentará tirar a carteira de motorista pela 772ª vez, depois de fracassar em todas as tentativas anteriores.

A última vez que ela tentou passar no exame escrito ocorreu na segunda-feira.

Segundo o jornal The Korea Times, a mulher, identificada apenas como Cha, fez a prova para tirar a carteira de motorista pela primeira vez abril de 2005, porém não foi aprovada na parte escrita e vem sendo reprovada repetidas vezes desde então.

Cha vende alimentos e produtos domésticos de porta em porta em conjuntos de apartamentos, por isso ela afirma que precisa da habilitação.

Na Coreia do Sul, os candidatos a motoristas conseguem a carteira depois de passar pelo exame escrito e pela prova prática.

Cha vinha fazendo o exame escrito quase todos os dias na Agência de Licenças para Motoristas na província onde fica Wanju, exceto nos finais de semana e feriados.

Em todas as vezes, ela conseguiu acertar entre 30 e 50 questões na prova escrita, mas ela precisa acertar 60 das cem questões para ser aprovada.

A agência afirmou que Cha estabeleceu um recorde e estima que ela já gastou mais de 4 milhões de wons sul-coreanos (cerca de R$ 6,7 mil) nas provas que já fez. Mas a despesa total desde 2005, incluindo o transporte até o local da prova e alimentação pode chegar a 10 milhões de wons (aproximadamente R$ 16,7 mil).

"Tenho pena toda vez que vejo Cha ser reprovada. Quando ela passar, vou fazer uma placa comemorativa e dar de presente a ela", disse Park Jung-seok, policial de trânsito que trabalha na agência de Wanju.

Do BLOG:

Trabalho numa empresa com uns vinte funcionários. Dentre eles, encontramos o folclórico "Jorge Bonrrausen", ou "Jorge Hi-Maimeine" (não pergunte o que PORRA significa maimeine...).

O cara fala gesticulando feito o caralho, é frequentador assíduo da Carreta Churrascaria e assemelhados, marca ponto todos os dias na sala de 40-50 anos do UOL, e tem requintes sutis de um usurpador moderno de coroas - pra não falar gigolô.

Pois bem! Certo dia, "Maimeine" comprou uma Honda Pop100 zerada, e desde então só anda com ela pra lá e pra cá, sem carteira, e com um capacete de isopor de cerveja na cabeça, aqueles de R$70 conto. De tanto fugir de blitz e molhar mão de gurda-vagabundo-comedor-de-bola, Jorjão procurou sanar o problema. A figurinha dirigiu-se até o DETRAN e fez as provas para adquirir a carta para pilotar motos.

Porém, Bonrrausen não esperava que fosse repetir. É triste, mas depois de duas tentativas, ele ainda não conseguiu ser aprovado junto ao órgão competente do estado do Rio Grande do Norte. A próxima tentativa está marcada para os próximos dias.

Agora imagina aí, fazendo uma analogia utópica, Cha e Bonrrausen numa mesma sala fazendo provas para pegar a carta de motorista. Do nada, no ápice da sua concentração newtoniana, certamente "Bonrrausen" olharia para Cha e a convidaria pra tomar um porre na Carreta Churrascaria. O problema seria ele entender o que a bendita iria dizer!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Forró do Jerimum


O Forró Pé de Serra continua! Os Sanfoneiros estão animados e o Forró do Jerimum acolhe com orgulho os forrozeiros de plantão. Sexta, dia 06 de fevereiro, a partir das 19hs, sobem ao palco Robson Farias e convidados.

SERVIÇO:

LOCAL: Forró do Jerimum
ENDEREÇO: BR 101 em frente ao POSTO DUDU
DIA: SEXTA 06 das 19h00 às 02h00
ATRAÇÕES: “Robson Farias”
PROMOÇÃO: UNIVERSITÁRIO ATÉ ÀS 00h00 NÃO PAGA
INFO: 3643-6665 E 8862-8832
INGRESSO PROMOCIONAL: R$10,00
CARTÕES: VISA E MASTERCARD

Do BLOG:

Irei ao Forró de Jerimum, na sexta (06/02), com a certeza de encontrar um refúgio forrozeiro. Fiquei muito feliz com a abertura da casa e com a postura que parecem adotar. Uma avaliação de repertório antes mesmo da banda subir no palco é simplesmente fantástico e merece todo o meu respeito. É assim que deve ser, pois não somos obrigados a pagar para escutar qualquer lixo tocar.

Sendo assim, forrozeiros, sexta-feira há um encontro marcado para quem curte tão contagiante ritmo.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Nós temos grandes artistas.


Não há artista quando, no palco, não existe o verdadeiro sentimento e convicção do que é feito. Das ruas, à beira de uma calçada movimentada, aos mega-shows repletos de tecnologia e recursos aumentativos, a essência musical deve permanecer da mesma forma, fazendo da figura artística, - paradoxalmente - a mais importante e “apenas” coadjuvante no ofício de sua disseminação.

O “Galeguinho do Acordeon” é um artista representante da cultura potiguar e do autêntico forró. Filho da terra, nascido na capital do Rio Grande do Norte, tem como nome de batismo Carlos Henrique e, assumiu o nome artístico ainda quando tocava em projetos culturais pelo estado participando de inúmeras gravações e eventos envolvendo sua grande paixão.

Geraldo Carvalho, Alvamar Medeiros, Pedro Mendes, João Batista, Carlinhos Zens, Jubileu Filho, Raniere Mazilli, As Potyguaras, Araken Julião (filho de Elino Julião) e, mais recentemente, o Forró Peba na Pimenta, foram ou são artistas/projetos com os quais se envolveu. Recentemente, ainda recebeu o convite do produtor Léo Xavier para desenvolver o seu DVD-aula de acordeon.

Além de instrumentista, ao colocar a voz no mundo, o Galeguinho do Acordeon também deseja apresentar suas composições para o grande público. Com obras de fino bom gosto, representantes irrefutáveis da nossa cultura, as composições executadas pelo Galeguinho carregam consigo o bom senso e a ética na arte, itens raríssimos na contemporaneidade.

Se Natal carece de bons nomes que possam elevar o gênero forró de forma mais intensa, Carlos Henrique, o Galeguinho, surge como um verdadeiro artista e pilar de manutenção das nossas tradições orais. Entre o efêmero, tão cultuado por boa parte daqueles que vivem do forró hoje, e uma carreira solidificada pela qualidade, ficamos com a certeza de que o artista aqui apresentado fez uma opção acertada e benéfica não só para o Rio Grande do Norte, mas para o Brasil e sua cultura como um todo.

Fazer valer à pena conhecendo e prestigiando tal trabalho, é fundamental para que possamos ter uma posição crítica, seja ela boa ou ruim. Dê-se a chance e descubra o verdadeiro Forró representado nos palcos pelo Galeguinho do Acordeon.