sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O “empata-fodas”


Certo dia, um amigo me envia um e-mail com um pedido mais ou menos assim:

“- Carlos. Sei que você curte escrever. Tem um assunto que eu sou deveras interessado, sendo assim, pensei em algo acerca dos famosos ‘empata-fodas’. O que achas?”

Meu! Fiquei matutando comigo. De fato, era um assunto bem interessante e renderia, como dizem os jornalistas. Pois bem, depois de algum tempo resolvi atender ao pedido “galado” do meu amigo Victor, remoendo o meu passado e trazendo à tona lembranças de velhas datas.

Os famosos “empata-fodas” fazem parte de uma raça há muito descoberta. Na verdade, todos nós somos partícipes da “empatação” (aqui, criei um neologismo, rsrsrs...), ou tu achas que fizestes o favor de não passar o telefone daquela boyzinha linda que seu amigo babava por pura inocência? Porra nenhuma! Você empatou uma futura foda já pensando em “jantar” mais cedo.

Conheço casos e mais casos de empatações. Conheço empatações-coletivas e empatações estilo single. Vejam bem. Na minha rua, há uns dez anos atrás, existiam umas garotas que ensinaram os “primeiros passos” aos rapazes locais. Nesse mesmo tempo, havia um dancing no meio de um descampado onde a escuridão reinava, assim como atos libidinosos diversos...

Certa vez, dois rapazes estavam apenas prozeando no dito cujo, quando chegaram mais dois frangotes e duas das garotas altamente experientes. De imediato, um dos que já estavam lá, falou:

- Booooy... Vamos sair daqui, acho que vai rolar um Springes-Brown, um Tchaca-Tchaca encaixaaki...
- POOOOOORRA NENHUMA! Eu já estava aqui primeiro, não saio nem a pau. Esses galados não irão fazer nada hoje.
- Belê, boy! Fica aí, tocando uma. Fui...

O rapaz, ranzinza como um velho rabugento, não saiu do canto nem a pau e, de quebra, empatou uma tremenda foda dupla por puro prazer em empatar, ficando entre os dois casais. Este é um caso classicamente clássico de uma empatação-single. Em outra oportunidade, um casal (um dos que estavam no dancing...) encontrava-se à sombra de um cajueiro, à noite, num tremendo sarro. Porém, nas galhadas de tal árvore frutífera, encontravam-se nada mais, nada menos que 15 (quinze) caras, todos esperando o êxtase final. Em um certo momento, eis que a garota soltou a pérola:

- Não é aí, você errou o buraco!

Senhores, as risadas foram insustentáveis. Galhos e mais galhos balançavam ao som de um coro animado. “Errou o buracooo! Errou o buracooo! Errou o buracooo!”, assim gritavam ensandecidos os que lá estavam. Cajus e folhas caiam, a algazarra era total. Até hoje a musiquinha é cantada em alusão àquele triste episódio no antigo Bar do Zé. Pronto! Este é um exemplo fantástico de uma empatação-coletiva que, atualmente, faz parte do folclore do bairro em questão.

Sendo assim, Victor e caros amigos, o empata-fodas não passa de um galado que “coloca areia” nas tuas boyzinhas, desvirtua seus "rolés" fazendo com que você perca os contatos e, acima disso, faz com que você, na virilidade dos seus primeiros aninhos de vida sexual, deixe de experimentar os prazeres carnais mais inescrupulosos existentes na face da terra.

O empata-fodas é um galado. Até no reino animal eles estão presentes. Querem um exemplo? Olha aí...

http://www.atetempiada.com/o-verdadeiro-empata-fodas/

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