sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O complexo português

Escrever é complicado. Engana-se quem acha que a escrita não requer treino e atenção nos mínimos detalhes. Engana-se mais ainda quem acredita na não-importância do ato da mesma.

Fico abismado quando estou ali, vagando pelos posts do Orkut na Comunidade Alvinegra. Erros grotescos de português (tudo bem errar, eu também cometo homicídios gramaticais. Mas praticar genocídios?), frases mal articuladas, acentuações bizarras. Quem quer ser entendido procura comunicar-se da maneira mais clara, e escrever da forma mais correta possível é dar um passo significante para tal.

Por outro lado devemos reconhecer a riqueza e ao mesmo tempo a complexidade da língua portuguesa. Saber escrever corretamente, seguindo às regras adotadas pelos gramáticos é uma tarefa que requer muita concentração e capacidade para organizar idéias em torno de um assunto principal. É difícil conceber a idéia da boa escrita por uma maioria da população num país onde a educação é tratada como produto de terceira. A preocupação com a escrita do cidadão, acredito eu, não passa de absolutamente nada.

Seria a partir de uma educação bem pautada e capaz de elevar o nível intelectual da população que poderíamos galgar maiores avanços no tocante à escrita no meio do popular. Enquanto o analfabetismo for rei, tendo o descaso como príncipe, haveremos de nos deparar com adultos semi-analfabetos, cuja proeza de escrever o primeiro nome é tratada como vitória pelo Governo.

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